terça-feira, 11 de novembro de 2008

Antoine de Saint Exupery I


" Havia, em algum lugar, um parque cheio de pinheiros e tílias,  e uma velha casa que eu amava. 
Pouco importava que ela estivesse distante ou próxima, 
que não pudesse cercar de calor o meu corpo, nem me abrigar ;
 reduzida apenas a um sonho, 
bastava que ela existisse para que a minha noite 
fosse cheia da sua presença. 
Eu não era mais um corpo de homem perdido no areal. 
Eu me orientava. 
Era o menino daquela casa, 
cheio da lembrança de seus perfumes, 
cheio da flagrância dos seus vestíbulos, 
cheio das vozes que a haviam animado."