sábado, 30 de abril de 2022

Freud : Por que a guerra ? * Francisco Nogueira

 


Em 1931 o físico Albert Einstein

escreveu, em nome da Liga das Nações

(Futura ONU )

uma carta a Sigmund Freud querendo saber se

seria possível a humanidade

se livrar de guerras.

Freud respondeu escrevendo um livro 

"Por que a guerra ?".

Nele diz :

Nosso instinto agressivo, herdado de 

nossas origens junto às feras

é inerente e necessário para a sobrevivência.

.

SEMPRE HAVERÁ A POSSIBILIDADE DE

RECORRERMOS À VIOLÊNCIA 

( individual ou coletiva )

COMO UMA  

RESPOSTA À DETERMINADA SITUAÇÃO. 

Através da cultura e da civilização 

- e o fortalecimento dos nossos 

impulsos amorosos -

evoluímos para resolver

diferenças por meio de diálogos 

e idéias e não da força. 

A presença de instintos agressivos 

em países ou indivíduos sempre

vai existir.

mas cada dia temos que reafirmar

os princípios da vida e da

civilização para não permitir

que esta violência se materialize.


* Resumo de um artigo

do psicólogo paulista

FRANCISCO NOGUEIRA

na revista Veja Saúde de abril de 2022.


segunda-feira, 25 de abril de 2022

Agostinho dos Santos - 90 anos hoje


Agostinho dos Santos ,
uma das mais belas vozes da música brasileira,
completaria 90 anos hoje,
se não tivesse morrido aos 41 anos
na queda de um avião da Varig
que tinha saído do Brasil mais de 10 horas
antes e caiu numa plantação de batatas
a poucos minutos do aeroporto de Paris.
Um passageiro jogara uma ponta de cigarro
na cesta de lixo do banheiro e
a aeronave incendiou.
123 passageiros morreram.
Só escapou 1 passageiro e os
10 tripulantes que saíram pela emergência
da cabine do piloto.

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Van Gogh - Noite Estrelada

 


"No azul profundo as estrelas cintilavam,

meio verdes, amarelas, brancas,

rosa, mais brilhantes,

mais esmeraldas,

da dor de lápis-lazúlis,

rubis e safiras. "

bilhete que Van Gogh

mandou para o irmão Theo,

junto com este quadro

A NOITE ESTRELADA,

que está no MOMA 

de Nova Iorque.

Van Gogh estava fascinado

pela poesia de

WALT WHITMAN,

um poeta americano que dizia que

 "O grande firmamento estrelado"

se equiparava a

"Deus e a Eternidade. ."

sexta-feira, 15 de abril de 2022

Sexta-Feira Santa, Thomas Merton

 


PRISÃO DE JESUS - O BEIJO DE JUDAS

"O corpo físico de Cristo foi crucificado por Pilatos 

e pelos fariseus; 

Seu Corpo Mìstico é retalhado e esquartejado 

em todas as épocas pelos demonios, 

na agonia da desunião que se forma 

e vegeta em nossas almas, 

propensas ao egoísmo e ao pecado.

.

Em toda a face da terra, 

a avareza e a cobiça dos homens fomentam 

contínuas divisões, 

e as feridas que desunem 

os homens geram guerras gigantescas."

Thomas Merton, 

"Novas Sementes de Contemplação", 

Cap. 10. 

Um corpo de ossos quebrados".

quarta-feira, 13 de abril de 2022

Churchill... e os crocodilos

 


Frase de Churchill
se referindo ao pacto que
a União Soviética fez com Hitler e
que muitos políticos ingleses achavam
que a Inglaterra também deveria fazer.
.
A frase continua muito atual na política
brasileira, como o futuro vai mostrar.

segunda-feira, 11 de abril de 2022

CONVERSA COM BIAL COMPLETO 4/04/2022 Antônio Carlos Costa


Entrevista EXCEPCIONAL de meia hora com
o Pastor Presbiteriano Antonio Carlos Costa,
que também é fundador da ONG
RIO DE PAZ. 
A indignação dele com a associação de
religiões com governos é muito justa.
Quando o governo der errado a religião
também estará contaminada.
IMPERDÍVEL !!!

quarta-feira, 6 de abril de 2022

O Poderoso Chefão - diálogo de Michael e Kay


O Poderoso Chefão ( I ) é cheio de frases irônicas.
Este diálogo de Michael Corleone e Kay, sua noiva,
é uma das muitas :
( Kay está se queixando que Michael está
querendo seguir os caminhos do pai,
contrariando o que prometera a ela.
A partir do minuto 0.50 ) :
.
Michael : "Meu pai não é diferente de outros
homens poderosos,
pessoas que são responsáveis por outros,
como um presidente ou Senador.
Kay : Sabe quão ingênuo você está sendo,
Michael ? Presidentes e Senadores 
não mandam matar homens.
Michael : Agora é você que está sendo
ingênua, Kay.
(Sub-entendido que Senadores e Presidentes
também mandam matar pessoas.)

Pesqueira Secular: Tempo Ilusão.

Pesqueira Secular

Seminário: Tempo e Ilusão

Por José Carlos Cordeiro Freire (*)

-  “É há muitos também que se embaraçam para sempre nestes escombros e permanecem toda a vida agarrados a um passado sem retorno, ao sonho do paraíso perdido, o pior e o mais assassino de todos os sonhos” - Hermann Hesse

         Era uma...Um dia

As manhãs não eram as mesmas. Uma velha sineta que quase caiu na cabeça de alguém, depois virou campainha elétrica, terminava o sono pesado. Os sonhos de um lar distante, de um aperto de mão e de um aceno ao apito do trem, acabavam sem fechar cortinas, sem o costumeiro “FIM”. Pular da cama por obrigação. Não havia saídas. Para ter direito a esquentar-se um pouco mais de tempo e faltar à missa, tinha que haver um sinal objetivo: a febre, a palidez, os olhos afundados ou um inusitado vômito de azeitonas quentes, comidas sem permissão. O padre passava irrecorrível, puxando os lençóis, quando de bom humor, ou ralhando.

A radiola começava junto com a campainha. Tocava “Irmã Sorriso”,  os “Zechinos d’Oro” e Bach. Impossível não amar a “Paixão Segundo São Mateus”, de Bach, depois de ouvi-la tantas vezes junto com a chuva de ventos ou com os passarinhos balançando o cheiro dos eucaliptos. Se a música era o Hino Nacional, canções alegres ou não havia música – a Semana Santa – entrava nos ouvidos também um convite à salivação. Nos dias festivos a cozinha apascentava vorazes apetites de meninos estirando de tamanho (“Vai terminar um varapau, este Milton!”)

A fila de descer do dormitório para a capela, a missa, o café e o recreio. O primeiro recreio do dia, onde se podia soltar a língua, os gritos, a alegria abafada tantas horas. No pingue-pongue a eterna disputa: nos canteiros as cenouras despontando e os cálculos do que fazer dos lucros da colheita. Havia um rádio e o Repórter Esso das 8, que de quando em vez nos arrepiava a alma. No primeiro ano o Papa João XXIIIagonizava. Finalizado por uma igreja sem guia, ofereci, quase sem querer, a minha vida em troca da dele. Encabulei-me tanto, depois que o Reitor soube, que quase desisti silenciosamente da oferta. Deus não aceitou. Em outra tarde as batinas esvoaçavam mais que o normal pelos corredores, entrançadas: Kennedy fora atingida por uma bala. Depois o coração acostumou-se com a incompreensão da morte e dos homens.

A loucura chegou numa manhã ensolarada, na face, entre os cabelos escorridos de um menino branco, Albino de nome. A festa do bispo interrompida para um discurso improvisado do juízo ensandecido. Falou da ida do homem à lua, de eclipses, misturando com Coca-Cola e o trailler de uma comédia italiana chamada “Suzana Tutta Panna”. Ouvimos admirados e temerosos, um riso pronto a explodir, as convicções imaginárias daqueles mundos mentais que não conhecíamos e não podíamos decifrar. Rezas, remédios fortificantes, telegramas e o trem levou o menino delirante, puxado pela mão de um pai seco e nem um pouco abalado: “Este menino sempre o juízo fraco”.

Frutas escondidas sob o chão. Cinquenta e três pinhas num buraco coberto de folhas. As modas de cada estação: baleadeiras, piões, a coleção de selos, os quebra-cabeças, a pescaria de anzol, corrida no garrafão. Valia tudo, e troquei meus cadernos por selos da Alemanha.

Terminava assim o dia do Seminário. Não o dia físico, o dia de vinte e quatro horas, mas o dia como claridade e descoberta, o dia como um grosso lençol onde metia a cara por baixo, e palpei, e descobri, aos pedaços, a mim mesmo. Três ajudas nesta descoberta: uma calçada larga onde no fim das tardes a gente se sentava aos três, aos quatros ou mais, a conversar; o acesso aos livros, fantásticos depositórios de um mundo de grandes dimensões, que me levava ao infinito, fora daquelas paredes grossas e restritas, e o violão. Os dedos machucados na ânsia de aprender logo e uma lágrima ocasional enquanto cantava uma incompreensível balada italiana.
 
Em mim ficou do dia, dia de seis anos, a disciplina criativa, a alegria das amizades e a certeza de que não queria mais ser padre.

             ERA UMA VEZ... UMA NOITE

As muriçocas furando as pernas anunciavam a escuridão. As calças curtas custaram a ser trocadas. A sopa do jantar dava gosto e temor. Deus às vezes não atendia às rezas de antes das refeições ("Abençoai, Senhor, nosso alimento...") e não esterilizava com a sua divina mão a farinha de trigo dada pelos americanos, depois de estocá-la muitos anos. Numa madrugada dolorosa batia seus encontrões nos pés das cercas de aveloz, sanitários ocupados por quarenta e cinco meninos se contorcendo de cólicas e diarréia.

Nas janelas, enquanto se olhava a escuridão, se conversava sobre as namoradas, sobre as cartas trazidas pela cumplicidade das visitas. E se ensinava aos meninos que nasciam os pelos, como ter prazer sozinho. A noite guardava também o escândalo das expulsões a dois. Incompreensível na cabeça dos meninos pequenos aquelas camas vazias. Inventava-se então histórias de roubos, de brigas e discussões... E silenciava-se.

Os quartos dos padres guardavam uma surda disputa de poder, de influências e de invejas miúdas.

Nas noites dos primeiros anos a existência resumia-se quase só naquele mundo pequeno. Não lembro, a não ser muito tempo depois, de ter ouvido falar na tomada de poder de 1964.

Anos depois varei madrugadas, ouvido colado no radinho de pilha, a esperar impotente que o povo checo - pobres povos! - reagi-se à intervenção da Rússia.

Na noite criaram-se os medos, que se foram evanescendo: do padre sem cabeça que espreitava atrás de cada coluna, de cobras a entrar nos terraços, do braço decepado. No fim das noites surgiu o estranho medo de ficar só. Aí me enfronhava nos Livros da Juventude, na coleção de Jorge Amado, na Enciclopédia Jackson. A gente estava mais adulto aos quinze anos, as amizades tinham mais laços e compreensão, mas o mergulho na existência trazia a insegurança. As mãos grandes não cabiam nos bolsos, e cacoetes eram visíveis como o bigode ralo e a voz bitonada: puxava o cabelo com força, enrolando-o.

Numa tarde comum de dezembro saí com minhas malas no Jeep. Não sabia se voltaria ou não. Estava no mundo outra vez. O quarto de casa tinha sido ocupado, o lugar na vida exterior tinha que ser reconquistado novamente, a ferro. Um dia acabava - dia e noite de tantos anos. O que ficou de mais sólido foi a alegria. Os passos não marcaram a grama seca que levava ao portão...

..

a)José Carlos Cordeiro Freire - Pesqueirense, médico, humanista e cardiologista. O presente texto, na sua originalidade, integra o livro PESQUEIRA SECULAR - Crônicas da Velha Cidade, publicado em 1980 por ocasião dos festejos de comemoração do centenário da elevação de Pesqueira à categoria de cidade.

terça-feira, 5 de abril de 2022

Lídice

 


Lídice era um vilarejo na antiga

Tchecoslováquia.

Em 10 de junho de 1942

foi escolhida pelo comando nazista

como ponto de retaliação 

para vingar um atentado que um

comandante alemão sofrera

em outro cidade.

Dos 445 habitantes

173 homens e adolescentes foram

executados no mesmo dia.

184 mulheres e 88 crianças

foram mandadas para um campo

de concentração onde quase todos

morreram.

Esta escultura lembra a morte

dos jovens da cidade.

P.S.:

Esta matéria foi relembrada 

no excelente documentário

de quase 3 horas ASSASSINOS SEM PUNIÇÃO.

Mostra como pouquíssimos nazistas foram

punidos depois da II Guerra Mundial.


sábado, 2 de abril de 2022

2022 - 100 anos da descoberta da tumba de Tutancâmon

 


Dia 4 de novembro completa 100 anos

que o menino Housein,

quando levava água para

os trabalhadores do Vale dos Reis,

cavou um buraco para

apoiar sua moringa de barro.

Bateu numa pedra que viria a ser

o primeiro degrau da tumba do

Faraó Tutancâmon, da

18 dinastia do Egito. 

O último ser humano que tinha visto

os 5.300 ítens que lá estavam 

nas várias salas já fazia

3.300 anos.

Na foto a máscara mortuária do

Faraó Guerreiro,

antigamente conhecido como

Faraó Menino,

por ter governado com idade

entre 9 e 19 anos

quando morreu,

provavelmente em batalha.

A máscara tem mais de

10 quilos de ouro maciço.


Elifas Andreato morre aos 76

 


Elifas Andreato,

artista plástico brasileiro,

que fez mais de 300 capas de

discos, 

morre aos 76 de

Infarto do Miocárdio 

em São Paulo.

Fotos :

capa de Adoniran

e Clara Nunes.