terça-feira, 26 de agosto de 2008

Diogo Mainardi


Diogo Mainardi, polêmico colunista da VEJA, lança mais um petardo esta semana.
Pode-se não concordar com tudo, ou mesmo com nada, mas os pensamentos dele têm o generoso dom de nos fazer refletir, como país e como pessoas.

1- Analisa a derrota brasileira em alguns esportes nas Olímpiadas.
2 -Analisa a surpreendente reportagem na VEJA da semana passada que constata que, ao mesmo tempo que o ensino brasileiro é desastroso, há um imenso número de pais, professores e alunos que aprovam nossa escola.
3 - Aqui entro EU, com uma pesquisa que li a pouco tempo, que mostra que os governos federais, estaduais e municipais têm o maior índice de aprovação exatamente onde praticamente não existe segurança, água encanada, saneamento básico, saúde, nada etc. !!! Onde deveria haver mais reclamação - justas,a propósito - é onde existe mais aceitação.

Numa conclusão muito sumária, imagino que o cérebro humano cria uma anestesia diante do desespero sem solução. Semelhante às conversões religiosas em situações críticas. Você não consegue administrar sua incapacidade de resolver problemas insuportáveis da vida, e aí a única saída é radical, virar Hare Khrisna, por exemplo. ( Com todo respeito pela opção religiosa das pessoas. Não é este assunto que está sendo colocado aqui. )

Frase do Diogo,que encerra o artigo na VEJA :
"O Brasil fracassa no esporte pelo mesmo motivo por que fracassa como país: temos uma sociedade acovardada, fujona, avessa à luta. Tudo aqui é feito para desestimular a disputa, para reprimir o desafio pessoal, para amolecer o caráter: o parasitismo estatal, a política fundada no escambo, a cultura baseada no conchavo, a repulsa por idéias discordantes.
Esse nosso temperamento de rebanho inibe qualquer forma de atrito, qualquer tipo de inconformismo, qualquer espécie de enfrentamento.
Quando temos de competir, afinamos. Por isso aprovamos uma escola que produz analfabetos.
Por isso aprovamos governantes que roubam. A gente se satisfaz com facilidade: basta fazer o quatro. E nem é preciso conseguir colocar o dedo na ponta do nariz.
"