Instigante artigo no NYT sobre um dos países mais pobres do mundo, RUANDA, que há 11 anos instituiu um plano de saúde universal, ao custo de 4 reais por ano.
O governo cobre o restante do custo, estimado em 40 reais por pessoa, por ano.
92% dos cidadãos têm o plano.
Com ele têm acesso aos programas básicos: maternidade, tratamentos de diarréia, pneumonia, desnutrição e malária.
Medicamentos genéricos e exames de laboratório básicos também são cobertos.
As exceções estão fora. Diálise e tomografias não existem. Câncer, derrames e ataques cardíacos são sentenças de morte.
O país de 10 milhões de habitantes tem apenas 1 neurocirurgião e 3 cardiologistas.
Por contraste, Nova Iorque com 8 milhões, tem mais de 100 neurocirurgiões.
Obesidade é coisa rara pois as 2 etnias principais, Hutus e Tutsi, são naturamente magros.
O artigo enfatiza o cruel contraste com os Estados Unidos.
No país mais rico do mundo não existe cobertura universal. Se você estiver desempregado e não for idoso, se precisar de atendimento médico, pode levar sua família à falência.
Como mostrou Michael Moore no filme SICKO, milhões de americanos costuram seus próprios arranhões em casa. A ida a um hospital deixaria a família numa miséria ainda mais aprofundada.
Os americanos têm esperança que isto mude com Obama.
Hillary Clinton, na época do marido Bill presidente, bem que tentou resolver um pouco deste vergonhoso problema. Mas a ganância da indústria de saúde foi tão grande que ameaçou uma guerra civil, o que assustou a nação. Milhões gastos em anúncios televisivos mentiam dizendo que a classe média iria perder seus privilégios.
O resultado é que, pelo menos para os pobres, é melhor estar em Ruanda do que em Nova Iorque, quando se tem as doenças mais comuns da vida.
"Uma pobre nação com um plano de saúde."