segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Joaquim Cruz provoca insônia nos cartolas brasileiros.






Joaquim Cruz, uma lenda do atletismo brasileiro, que ganhou Medalha de Ouro nos 800 metros rasos, nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, com 21 anos, deu uma longa entrevista ontem ao Estadão, cujo link está no fim desta matéria.

Deve ter tirado o sono dos cartolas.
Perguntado sobre o que faria para o Rio 2016, não pestanejou:

"Podemos copiar o exemplo britânico. Eles chamaram um holandês que mandou todo mundo embora e convidou um monte de gente comprovadamente boa, experts, muitos ex-esportistas do mundo todo, para trabalhar basicamente com os atletas já existentes e com potencial. Por meio das loterias, aumentaram os repasses de dinheiro e investiram pesado individualmente nesses atletas. O resultado está aí: a Grã-Bretanha deve terminar em terceiro lugar no quadro de medalhas, sua melhor participação na história da Olimpíada."

E dispara:

"Por que é tão difícil estruturar um sistema assim no Brasil?

Porque nossos políticos conversam demais, e só entre eles. Os Atletas pela Cidadania (um projeto que ele tem em Brasília, sua cidade natal) têm um plano pronto, com diversas propostas de ação, entre elas a de que o País invista para levar esporte a todas, TODAS as escolas públicas até 2022. Há quase um ano nós pedimos uma audiência com a presidente Dilma para apresentar esse plano. Estamos esperando."

EU: O problema é que a desorganização do esporte e da sociedade brasileira é tão grande que os cartolas (que agora se auto-denominam "dirigentes") de todos os tamanhos, como foi visto no Pesqueira Futebol Clube, podem bater no peito e dizer:

"Ruim comigo. Pior sem "migo".

E estão dizendo uma verdade cristalina.







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