Prisioneiro
Prisioneiro ficaste
em teu próprio casulo.
Os fios de seda
que um a um fiaste
parecem-te de ferro
como as grandes de uma jaula.
Tu és a fera
que julga sempre fraca
a sua força.
Prisioneiro ficaste
em teu próprio casulo.
Os fios de seda
que um a um fiaste
parecem-te de ferro
como as grandes de uma jaula.
Tu és a fera
que julga sempre fraca
a sua força.
Quando será o dia
em que para além do sonho
e a latência amorfa e inibida
reviverás liberto
em borboleta alada e leve
sem rumo certo
mas amando a vida
espreguiçando-te
ao sorvê-la gota a gota ?
Orlando Caetano,
Leiria, Portugal.
Para ouvir na bela
voz do autor,
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