Doria acertou ao retirar à força
os toxicômanos do crack das ruas ?
Como médico psiquiatra,
que lida ininterruptamente
com esta população há 36 anos,
acho que sim.
Quem perdeu a liberdade de escolher
entre usar ou não uma substãncia
já perdeu a capacidade
mental de auto-determinar-se.
É doença mental,
consequentemente afeta a capacidade
de auto-avaliar-se,
a capacidade de avaliar o mundo.
Perdeu determinadas capacidades cognitivas
e também as capacidades volitivas
de determinar-se
de acordo com eventuais cognições.
Ou alguém acha que largar a casa,
família, emprego,
cama-comida-e-roupa-passada,
para ir morar na rua,
como um rato-em-busca-de-um-cachimbo é uma “escolha ideológica”,
um “efeito nefasto da burguesia?”.
A doença psiquiátrica severa,
em sua maioria dos casos,
afeta o lobo frontal,
região do cérebro que é responsável ,
entre outras,
por julgar o próprio comportamento.
O fato de um doente
não julgar-se um doente
não o torna menos doente,
ou menos perigoso para si
ou para outrem.
Todo dia interno um "punhado de gente" ,
trazidos pelas famílias,
com base nestas noções médicas,
[sim, há critérios objetivos para isso]
sem autorização de juiz,
de promotor,
de autoridade nenhuma.
Só com a avaliação médica-psiquiátrica
do paciente,
com o pedido da família/companheiros,
que é, note-se, "rica"
ou "classe média".
Mas quando é pobre,
miserável, "de rua",
aí é preciso que os "Direitos Humanos",
a "Esquerda Coitadista",
o "Socialismo Estatal
Judiciário/Promotorial/Defensorial"
entrem em ação.
Afinal é preciso que haja
uma justificativa plausível
e visível para a existência
das castas estatais .
Marcelo Ferreira Caixeta,
copiado do Facebook.
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