Uma das coisas mais desalentadoras
do atual processo político
é ver a polarização
definir escolhas.
O povo brasileiro não percebe
que, como lhe foi tirado todo
o poder de decidir sobre
as coisas que realmente importam
na vida, lhe restou escolher
Marlene ou Emilinha
(duas cantoras que brigavam só
aparentemente na década de 50),
Flamengo ou Fluminense,
elesim ou elenão.
Coitados de todos nós.
O buraco cívico e na alma
vai ficar nos dois lados
depois de 7 de outubro.
Alguns se sentirão vitoriosos,
sem saber exatamente o que
venceram.
E outros, derrotados.
Coitados de todos nós.
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