Nuon Chea
morreu aos 93,
cumprindo pena de
prisão perpétua.
Foi o número 2 e o
ideólogo do regime do
Khmer Vermelho,
que governou o Cambodja
entre 1975 e 1979.
Pol Pot,
o número 1 do regime
morreu 20 anos atrás.
.
A meta era transformar
o país numa sociedade camponesa.
.
Evacuou mais de 1 milhão de
pessoas da capital.
E, nos 4 anos,
matou 2 milhões por
execução, fome ou
trabalhos forçados.
.
Planejava um país
sem dinheiro e sem religião.
Fechar escolas e mosteiros,
abolir propriedade privada
e esvaziar as cidades.
Tentou exterminar qualquer pessoa
que tivesse estudo além
de escrever o próprio nome.
Ser médico, engenheiro
ou advogado era
sinônimo de morte.
.
Comandou pessoalmente a
morte de 14.000 presos no campo
de Tuol Sleng,
onde era diretor.
A frase que mais repetia
para os guardas do campo era :
"Não se preocupe em interrogar
prisioneiro.
Simplesmente, mate-o."
.
A história está relatada no
belo filme GRITOS DO SILÊNCIO,
1984, do diretor Rolland Joffé,
cujo título original é
The Killing Fields,
Os campos da morte.
.
Da única vez que admitiu
sua culpa nos crimes,
fez uma desculpa
bizarra :
"Lamento pelos milhões
de cambodjanos mortos...
e também pelos animais
que perderam a vida
durante a guerra." !!!
.
Um amigo meu,
com um pouco de humor
e maldade -
e sem nenhuma credibilidade -
me disse que Nuon Chea
era conhecido na
capital Phnom Penh,
como
o José Dirceu do Cambodja.
P.S.:
Informações da secção de
obituários do
The New York Times,
The Guardian, etc.
.
