O Cavaleiro e os Moinhos
(João Bosco/Aldir Blanc)
Acreditar
Na existência dourada do sol
Mesmo que em plena boca
Nos bata o açoite contínuo da noite
Arrebentar
A corrente que envolve o amanhã
Despertar as espadas
Varrer as esfinges das encruzilhadas
Todo esse tempo
Foi igual a dormir num navio
Sem fazer movimento
Mas tecendo o fio da água e do vento
Eu, baderneiro, me tornei cavaleiro
Malandramente, pelos caminhos
Meu companheiro tá armado até os dentes
Já não há mais moinhos
Como os de antigamente
℗1976 Philips, Phonogram.