terça-feira, 15 de junho de 2010

Assim caminha a humanidade.



O Conselho de Segurança da ONU soltou, semana passada, a quarta rodada de sanções ao Irã.
Quase todas se referem aos negócios do país de Ahmadinejah
e querem puní-lo por continuar seu programa que com certeza vai dar em bombas atômicas.
Só Brasil e Turquia não acreditam nesta possibilidade.
Talvez porque também queiram ter as suas próprias bombas no futuro.
Ou talvez porque também acreditem em Papai Noel.

O detalhe curioso das sanções é que não há uma linha sequer sobre o maior negócio iraniano, que é a exportação de petróleo cru.
Por que não quiseram atingir este ponto crítico da economia iraniana?
A resposta é simples.
O Irã processa a maior parte do seu petróleo em refinarias estrangeiras, pertencentes aos Estados Unidos, Inglaterra e França.

Ou seja:
política é política e negócios à parte.
Ninguém quer prejudicar os compatriotas que estão enchendo as burras de lucros com o petróleo iraniano.

Não foi só James Dean em "Assim caminha a humanidade" GIANT, 1956, (como mostra a foto que ilustra esta matéria ) que se lambuzou no óleo que jorrava do chão e encheria os seus bolsos de dinheiro.
Todo mundo faz a mesma coisa.

Prá pensar a idéia de articulistas do porquê a China votar contra o Irã no Conselho.
Se Israel bombardear o Irã, este será obrigado a fechar o estreito por onde passa grande parte do petróleo.
Os preços do petróleo irão às alturas
e a economia chinesa -uma loba voraz no quesito energético- vai para às cucuias.
Eles dizem que posições como as do Brasil e Turquia são pró guerra, pois deixam a Israel a única opção de bombardear o Irã, não apenas as instalações nucleares, instaladas em locais populosos, mas de toda a infraestrutura do país (pontes, estações elétricas,etc) para desestabilizar o governo do país.

EU: algumas das idéias desta matéria são de um artigo de Jânio de Freitas,
na Folha, que continua o melhor jornal brasileiro.
"Nunca antes neste país" uma tradução de título de filme foi tão ridícula,
mas ficou sendo tão adequada quando colocada nesta outra situação.