domingo, 27 de maio de 2012

Klaas Carel Faber e as complexidades do mundo




Klaas Carel Faber, além de estar na lista do Centro Simon Wiesenthal como um dos mais procurados criminosos nazistas, talvez devesse ser esquecido pela humanidade.

Mas ele morreu semana passada, aos 90 anos, e seu obituário é cheio de perguntas sem respostas.

Nascido na Holanda, logo que ela foi invadida pelos nazistas alemães aderiu e se alistou na SS . Seu pai foi assassinado por um holandês da resistência e seu irmão foi executado como criminoso de guerra em 1948.

Sua sentença de morte, pela morte de 11 pessoas durante o conflito, foi transformada em prisão perpétua, mas só cumpriu 4 anos fugindo para… a Alemanha.
Considerado, junto com o irmão, pela justiça holandesa como "2 dos piores criminosos da SS na Holanda" diversos pedidos de extradição esbarraram com bisonhas respostas da moderna e rica Alemanha.
Incluindo uma lei nazista que dava cidadania a estrangeiros que colaborassem com as forças de ocupação. Impedindo extradição dos nacionais.

Morreu 3 dias atrás, aos 90 anos, depois de trabalhar como executivo da Audi, de Insuficiência Renal. Uma causa mortis bem diferente das suas vítimas.

Tudo muito confuso numa guerra que acabou há 67 anos e tem muitas e muitas histórias mal contadas.
A frase machadiana "Ao vencedor, as batatas" poderia ser reescrita de "Ao vencedor, a História" ou pelo menos como ela é contada.

Nas fotos Klaas na SS e na velhice.

A história foi tirada de sites de jornais e da wikipedia versão americana.