"O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Nayef bin Abdul Aziz
Al Saud, morreu neste sábado aos 78 anos de idade
devido ao estado de saúde abalado, anunciou o Gabinete Real.
Segundo a televisão estatal saudita, haverá "uma oração
por sua alma" na Grande Mesquita de Meca ."
Hassan Ammar - 1º.jul.2007/France Presse | ||
O príncipe árabe Nayef bin Abdul Aziz al-Saud em julho de 2007 |
EU : 1. O Príncipe Nayef era o primeiro na linha de sucessão
da Arábia Saudita, maior exportador e reservas
de petróleo do planeta. Sendo assim,
uma das pessoas mais poderosas da Terra.
2. Como Ministro do Interior por 37 anos, teve mão pesada
sobre grupos da Al-Qaeda que sempre sonharam
ter o país como irradiador do terrorismo mundial,
como se isto fosse possível.
3. Difícil sentir simpatias exarcebadas por um país
(Arábia Saudita) que tem o nome de uma família
( Os Sauds ) e aspectos muito distantes do ocidente.
Mulher não poder dirigir carro é só um detalhe.
Construir milhares de mesquitas mundo à fora,
enquanto mantém uma lei no país que proíbe
com pesadas penas qualquer pessoa que
pratique publicamente qualquer religião
que não seja o Islã,
também é outro detalhe incômodo.
4. No pós 11 de setembro, o príncipe aventou a hipótese
de que Israel estaria por trás dos ataques,
pois teriam sido os maiores beneficiários deles !!!
5. A Arábia Saudita passou 5 meses para emitir um
comunicado oficial, reconhecendo o que o mundo
já sabia desde aquela tenebrosa manhã de outono:
15 dos 19 sequestradores dos aviões
tinham nacionalidade saudita.
6.Sua ex-esposa Maha esteve no meio de
2 polêmicas na França.
1. Em junho de 2009 alegou imunidade diplomática
para não pagar compras de mais de 20 milhões
de dólares, incluindo mais de 100 mil de lingeries.
2.Em 2012 teve que sair do luxuoso hotel Shangri-lá,
em Paris, com uma dívida de mais de 7 milhões
de dólares, depois de passar meses com sua
"equipe"de 60 pessoas, ocupando 41 apartamentos.
Como sem-teto parisiense do mais alto nível,
foi abrigada no ainda mais nababesco
Royal Monceau, em plena Champs-Elysées,
mas de propriedade do Emir do Qatar,
amigo da família.
7. A razão desta postagem é o belo contraponto
que a cultura árabe tradicional ofereceu ao
nosso mundo de exposição.
Enquanto as pessoas postam fotos do que
estão comendo a cada dia no Facebook,
quando não aparecem em sites eróticos com
sua maior intimidade,
o governo saudita disse somente:
há meses tirara "férias para resolver problemas pessoais",
morreu em algum país estrangeiro,
será rezada uma oração por sua alma
na Grande Mesquita de Meca. Isto foi tudo.
8. Não tenho como não admirar
e não aprovar esta atitude pudica e inexistente
no resto do mundo, de não transformar cada morte
ou tragédia num reality show.
Neste quesito, e só neste quesito,
o mundo deveria aprender com os Sauds.