Duas notícias sobre HIV e AIDS na internet desta manhã de sábado.
Morreu ontem aos 24, Luciane Conceição, paulista de Sorocaba.
Sua mãe foi contaminada no oitavo mês de gestação por uma transfusão de sangue, num Hospital Público. Luciana apresentou diversas complicações nos primeiros anos de vida e, com 8 anos, teve que ganhar na justiça o direito de ser a primeira criança brasileira a receber tratamento de AIDS com os retrovirais.
Há 4 anos teve uma filha que é soro negativa.
Há cerca de 1 ano, desistiu do tratamento. Teve vários internamentos para complicações, mas não queria mais tomar os remédios. Alguém disse que estava deprimida por problemas com o marido.
A cereja do bolo da história tinha que vir, como sempre, da já tradicional e monumental agilidade da justiça brasileira. Apesar de receber 5 salários mínimos de pensão, 24 anos depois morre sem receber a indenização em nome de sua mãe, pelo fato de ter sido contaminada em um hospital público.
A segunda matéria está no New York Times de hoje.
As farmácias americanas já estão supridas do kit caseiro para teste de HIV.
OraQuick test dá um resultado em 20 minutos,
usando a saliva.
OraQuick test dá um resultado em 20 minutos,
usando a saliva.
Custa 40 dólares e qualquer pessoa pode comprar sem receita médica.
Muitas pessoa estão usando como triagem para parceiros desconhecidos.
Estima-se que 10 a 20% de pessoas HIV positivo nos EUA tenham relações desprotegidas com parceiros que desconhecem isto. Algo como 17.000 gays e 5000 heterosexuais em 6 meses.
Na minha opinião o kit deveria chegar ao mundo inteiro, rapidamente. Evidentemente que pessoas em pior situação não vão mesmo usar. Moradores de rua, viciados em drogas, estupros, etc, estão distantes deste cuidado. Mas evitará milhares de mortes.
Eventualmente alguém fará um teste que pode ser falso positivo ou não suportar o resultado positivo. Deveria haver caminhos para quando isto acontecer.
Também, como diz o artigo, precisa chegar o dia onde o teste de 40 dólares possa se igualar aos 4 dólares que custam um teste de gravidez nos EUA.
P.S.: 1. Como todos os outros testes de triagem para HIV, este também não é perfeito. Mede os anticorpos que o corpo criou contra o vírus. Sendo assim, uma pessoa que tenha sido contaminada há 2 ou 3 semanas atrás, pode já estar transmitindo para outras, mas o teste ainda ser negativo. Mas estes são apenas uma pequena fração dos casos , na realidade.
2. Já existem testes rápidos de menos de 20 dólares e 5 minutos para o resultado. Com a desvantagem de ter que colher um pouco de sangue, pois não são na saliva.
Estima-se que 10 a 20% de pessoas HIV positivo nos EUA tenham relações desprotegidas com parceiros que desconhecem isto. Algo como 17.000 gays e 5000 heterosexuais em 6 meses.
Na minha opinião o kit deveria chegar ao mundo inteiro, rapidamente. Evidentemente que pessoas em pior situação não vão mesmo usar. Moradores de rua, viciados em drogas, estupros, etc, estão distantes deste cuidado. Mas evitará milhares de mortes.
Eventualmente alguém fará um teste que pode ser falso positivo ou não suportar o resultado positivo. Deveria haver caminhos para quando isto acontecer.
Também, como diz o artigo, precisa chegar o dia onde o teste de 40 dólares possa se igualar aos 4 dólares que custam um teste de gravidez nos EUA.
P.S.: 1. Como todos os outros testes de triagem para HIV, este também não é perfeito. Mede os anticorpos que o corpo criou contra o vírus. Sendo assim, uma pessoa que tenha sido contaminada há 2 ou 3 semanas atrás, pode já estar transmitindo para outras, mas o teste ainda ser negativo. Mas estes são apenas uma pequena fração dos casos , na realidade.
2. Já existem testes rápidos de menos de 20 dólares e 5 minutos para o resultado. Com a desvantagem de ter que colher um pouco de sangue, pois não são na saliva.
