O Ministério da Saúde anunciou ontem que estava reduzindo de 18 para 16 anos a idade mínima para fazer cirurgia para redução de obesidade.
É uma medida acertada, mas que sequer deveria existir.
Desde que deve caber ao médico e ao paciente decidir o que é melhor para ele, em qualquer idade.
Diretrizes são muito importantes em medicina, para evitar abusos, mas, como o óbvio nome diz, devem ser diretrizes e não decisões.
Só fico me perguntando quando esta idade mínima vai chegar em 1 ano, na minha manchete exagerada. Certamente !
Não estou tentando simplificar uma doença complexa como a obesidade, mas não deixo de me aborrecer quando vejo o sistema de saúde tomando resoluções sobre "o fim da linha "(e ninguém pode deixar de concordar que este tipo de cirurgia é a última das opções).
Ao mesmo tempo não vejo a sociedade, nem o sistema de saúde, tomando providência para o início da doença, como já fez com doenças como pressão arterial alta e diabetes, por exemplo.
Já é mais do que tempo dos países estabelecerem condutas sobre o que fazer quando crianças e adultos começam a engordar 5 quilos além dos padrões.
E não deixarem para agir quando o excesso de peso chegou em 300 quilos. Existem liberdades e decisões individuais, sim, mas as pessoas que ganham os seus primeiros quilos excedentes não têm uma orientação do que fazer, de como agir e do perigo que isto representa no futuro.
Acorda saúde pública mundial !
Ou então deixa as coisas piorarem mesmo, pois aí os lucros serão maiores. Como também o sofrimento das pessoas.
P.S.: A foto, tirada do Google, diz mostrar um paciente antes e 15 meses depois da cirurgia. É só uma ilustração. Não significa que todo paciente vai ficar sarado deste jeito. Alguns vão morrer por causa da cirurgia. Outros vão passar meses internados entre a vida e a morte, como Jorginho Guinle.
P.S.: A foto, tirada do Google, diz mostrar um paciente antes e 15 meses depois da cirurgia. É só uma ilustração. Não significa que todo paciente vai ficar sarado deste jeito. Alguns vão morrer por causa da cirurgia. Outros vão passar meses internados entre a vida e a morte, como Jorginho Guinle.