quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Navio Triste, Cristina Branco











Não sei do teu inverno
das histórias
levadas pelos ventos
da memória

Só sei que ainda fazes
parte do meu desejo
fugaz  presença
calmo entardecer

Na voz tolhida e fraca
um olhar me comove

a rua incandescente
por onde foste
sem voltar

Vê lá ainda espero
um sinal do teu lenço
acenando à proa

de um navio triste
que na bruma se foi
sem voltar