Não sei do teu inverno
das histórias
levadas pelos ventos
da memória
Só sei que ainda fazes
parte do meu desejo
fugaz presença
calmo entardecer
Na voz tolhida e fraca
um olhar me comove
a rua incandescente
por onde foste
sem voltar
Vê lá ainda espero
um sinal do teu lenço
acenando à proa
de um navio triste
que na bruma se foi
sem voltar