Entre os indicados para o Oscar 2012, na categoria curta-metragem estava um filme que me instigou:
Deus é o maior dos Elvis.
Conta a história real de Dolores Hart.
Uma atriz de Hollywood que era considerada a nova Grace Kelly na década de 50, quando decorreu a maior parte de sua carreira.
No início dos anos 60 esteve em Roma filmando uma versão da vida de São Francisco de Assis.
Conta a lenda que a equipe foi recebida pelo Papa João XXIII no Vaticano e ela se aprensentou:
- Eu sou a atriz que faz o papel de Santa Clara.
E o Papa disse a ela:
- Não! Você é Santa Clara !
(Tu sei Chiara),
em italiano.
Poucos anos depois visitando um convento de beneditinas perto de Nova Iorque, descobriu que era o lugar onde gostaria de passar sua vida.
Quando foi se apresentar a abadessa do convento, disse:
-De aqui em diante não tenho mais nenhuma preocupação com a vida de atriz.
É algo que deixei completamente para trás.
E a abadessa retrucou:
- Desculpe lhe dizer, mas você está completamente errada.
Mais do que nunca, a partir de agora, você tem que assumir um personagem e vivê-lo inteiramente.
Atualmente é superiora de um convento na mesma região.
É a única freira que vota para o Oscar.
Em muitas entrevistas, quando lhe perguntavam como comparava ter dado o primeiro beijo de Elvis Presley no cinema com a vida dedicada a Deus, ela dizia:
Deus é o maior dos Elvis.
É um documentário de apenas 37 minutos, realizado pela HBO, que promete exibí-lo mundo à fora a partir de abril.
Não tem como discordar do enunciado da Irmã.