sábado, 4 de fevereiro de 2012

Paulo Francis: 15 anos sem...




15 anos hoje da morte, aos 66 anos,
do mais midiático intelectual brasileiro.

Gosto refinado e um raro espaço de bom gosto na mídia brasileira, sobretudo na TV Globo.

De suas análises no Pasquim da década de 70 ao Diário da Corte, que fez enquanto morava em Nova Iorque.

Este último tinha uma formato de blogue, quando ainda nem existia internet.
Pequenas dicas e críticas de assuntos que lhe interessavam.
Sobretudos os museus de Nova Iorque,
política internacional,
sua paixão pelo Ballet e
pela ópera, especialmente Wagner.

Foi com ele que ouvi falar repetidamente da beleza da música wagneriana, que acabou sendo um dos maiores amores de minha vida.

Morreu no auge da carreira, embaralhado por problemas causados por sua metralhadora verbal.
Defendendo a privatização da Petrobrás, disse no Mannhatan Connection que diretores tinham 50 milhões de dólares na Suiça.

Maldosamente foi processado nos Estados Unidos por estes diretores num processo que, mesmo se fosse absolvido, teria gasto todo seu dinheiro com advogados.
Uma dor nas costas foi diagnosticada por seu médico como bursite, mas no outro dia morreu na sala do apartamento onde morava com a jornalista Sonia Nolasco, de Infarto do Miocárdio.

1. O Brasil perdeu uma das suas cabeças mais brilhantes.

2. 50 milhões de dólares hoje é o que qualquer ONG " cumpanheira" arrecada do governo para "promover a ida da classe operária ao paraíso."

3. colecionei O Diário da Corte durante muitos anos. Assinava a Folha de São Paulo. O jornal chegava pelo correio, entre 15 e 30 dias depois do dia de lançamento. Que tempo!!! Perdi meu arquivo para as traças.

4. qualquer jovem que queira ter uma boa idéia do que foram os anos 70 a 90 no Brasil e no mundo, deveria ler Paulo Francis.

5. um vídeo precioso mostrado esta semana na GloboNews, mostra Francis entrevistando uma encabulada e matuta Gisele Bunchen que acabava de chegar em Nova Iorque. Ela na época com apenas 15 anos, e ele já dizia que ela era a mulher mais bonita do mundo.

3. Não citei o nome de ninguém.
Não acusei ninguém de nada.
Qualquer coisa que eu tenha dito,
sob pressão, fica o dito por não dito.
ah ah ah ah