terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Tagore





A janela do meu coração escancarou-se
de súbito esta manhã – a janela que dá para o teu coração.

Espantei-me de ver que o nome pelo qual
me conheces está escrito com as flores
e as folhas de Abril,
e sentei-me silencioso.

A um sopro a cortina
abriu-se por um momento
entre os meus cânticos e os teus.

Descobri que a luz da tua manhã
estava cheia das minhas próprias canções mudas
que não foram cantadas,
pensei que as aprenderia a teus pés,
e sentei-me silencioso.


Tagore
Colheita de frutos