A notícia estava perdida na babel internética de notícias, ontem.
Um pastor branco do Mississipi, sul dos EUA, recusou fazer o casamento de dois fiéis antigos da igreja.
Razão? Eles eram negros.
O pai perguntou: como vou explicar à minha filha de 9 anos que não podemos casar na igreja que frequentamos por tanto tempo "porque, advinhe querida, nós somos negros."?
Outros fiéis brancos ameaçaram demitir o pastor e sair da igreja se o casamento acontecesse.
Estamos no país mais rico do mundo e em 2012 ?
É o que parece.
O racismo e os preconceitos são entranhados na alma humana e levarão milênios para serem descartados na lata de lixo das imundícies humanas.
Alguns "preconceitos" são criados com boas intenções, mas depois perdem o sentido e persistem. Não comer carne de porco no mundo antigo foi uma atitude bem sensata seguida por religiosos, pois muitas pessoas morriam de cisticercose, causada pelo verme da tênia que infectava a carne.
Agora não faz o menor sentido.
Semana passada o NYTimes mostrou extensa reportagem, também no sul dos EUA.
Uma funerária é dirigida por uma mesma família por dezenas de anos.
O negócio passou de pai para filho.
O detalhe é que é uma família negra.
O resumo é perturbador.
O dono diz: nunca soube de nenhum negro desta região que tivesse sido cuidado por funerária de donos brancos. Assim como nunca tomei conta de um corpo de um branco.
Segregação até depois da morte, é demais.