A história está contada no livro 1889,
de Laurentino Gomes,
e abala o heroísmo da fábula
oficial que nos meteram na cabeça.
Deodoro tinha sido governador na
província do Rio Grande do Sul
e cortejado a Baronesa de Triunfo
para ser seu amante.
Ela acabou preferindo o
Senador Gaspar Silveira Martins,
culto, rico e bem apessoado.
Ele guardou a mágoa.
O Brasil, apesar de muitas campanhas,
não tinha nenhum pendor para a República.
O Partido Republicano rastejava em votos
e deputados.
Na eleição de 1888 só conseguira
eleger 2 deputados em todo o país.
Os militares não tinham nada contra a Monarquia
entre suas reinvidicações.
A sua quartelada era contra
o Chefe de Gabinete (Primeiro Ministro)
Visconde de Ouro Preto,
que contrariara interesses da corporação.
No próprio dia 15,
quando dirigiu a revolta no Rio,
Deodoro começou sua fala
dentro do quartel
com uma conclamação :
"Viva Sua Majestade, o Imperador."
Durante todo o dia 15 ninguém ouviu
Deodoro falar sobre proclamar república.
Foi só à noite,
quando o Imperador Dom Pedro II,
nomeou o senador gaúcho Gaspar Silveira
como novo chefe da gabinete
que o preterido Deodoro
decidiu enfrentar o rival
e proclamar a república.
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