Monsenhor Kevin McAuliffe, 58, era o pároco de Las Vegas e foi condenado a alguns anos de prisão esta semana.
Seu crime?
Durante 8 anos surrupiou da sua paróquia cerca de 1 milhão de reais, gastos em jogatina.
O mise en scène foi o de sempre:
o padre se declarou consternado pelos estragos que causou (não disse que teve 8 anos para se corrigir e não o fez). Os paroquianos disseram que o perdoavam porque ele fez muitas coisas boas pela paróquia, etc, etc.
Para grande desgosto dos políticos brasileiros que adoram confundir estas áreas, é inevitável que em algum momento do futuro pós-barbárie a sociedade entenda e distinga o que é público e o que é privado.
Se o dinheiro é seu, faça suas decisões e assuma as consequências.
Se o dinheiro é da paróquia, do país, do município, do hospital,etc, você tem que prestar contas de forma pública a cada mês, por exemplo, de quanto entrou no caixa e de onde foi parar cada tostão.
É assim que já funciona em países educados e civilizados como Dinamarca, Suécia, etc.
No Brasil se encontra saídas para tudo.
Se não dar prá roubar com uma mala, funda-se uma ONG.
Se não se pode fazer sem deixar rastros, compra-se com os milhares de cartões corporativos do governo brasileiro que, sob idéia de que algumas coisas não podem se tornar públicas, aproveitam para despesas imorais.
Nossos bisnetos verão um Brasil menos corrupto.