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"Eu não me defino como crítico literário",
diz Bloom,
que nunca será acusado de modéstia.
"Eu digo que sou um professor de escola."
(ensina na Universidade de Yale).
"Havia um homem muito mau,
chamado William Styron.
Eu estava jantando na casa do grande poeta
Robert Pen Warren.
Todos já tinham bebido um pouco demais
e eu disse a Robert, com toda razão,
que ele deveria continuar escrevendo poesia,
já que seus romances recentes
não tinham a mesma qualidade."
"A sua opinião não importa",
cortou Styron,
autor de A Escolha de Sofia,
"Você é apenas um professor de escola. "
Bloom diz que foi o comentário mais memorável
que ouviu de um "mau escritor".
"Como me acusar de ter a melhor e
mais nobre profissão do mundo ? "
E Bloom conclui que Styron já faleceu
e, a propósito,
quer ser lembrado por um aforismo bloomiano:
" SE NÓS NÃO FALARMOS
MAL DOS MORTOS,
QUEM VAI FALAR ? "
reportagem de Lúcia Guimarães,
no site do Estadao.com.br
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