sábado, 14 de junho de 2014

Tatuagem e História Simbólica






Já virou lugar comum, 
mas não deixei de me espantar
 com a quantidade de jogadores 
em nível de Copa do Mundo 
com dezenas de tatuagens.


Nem vou dizer o que acho esteticamente,
 pois não desejo ser apedrejado.

Simbolicamente, 
quando as pessoas teorizavam 
sobre a Transformação da Libélula, 
o IMAGO, diz a psicanálise, 
como um adicionado fez hoje 
aqui no Facebook, 
a gente desenhava ela - a libélula - 
na capa do caderno.

Hoje se desenha na pele.

O nome de pessoas de quem sequer
 vamos lembrar quem eram
 daqui a uns anos, 
frases, 
símbolos no pescoço, 
etc.

Numa teoria rasteira e de algibeira, 
reconheço, 
a impressão que tenho é que as pessoas 
tentam escrever na pele 
a sua história simbólica. 

Já que não conseguem 
escrevê-la no lugar certo, 
no CÉREBRO.

Sem ofensas, naturalmente.


P.S.:
Em resposta a uma pessoa do Facebook
que disse que eu fizera uma
generalização:

Desculpa dizer que 
não fiz as generalizações que enxergastes.  
Foi só um sentimento. 

O corpo como objeto artístico 
ele já o é,
 sem qualquer adereço. 

Um homem primitivo nu 
é uma obra de arte. 

O limite da arte no corpo 
é um objeto de discussão. 

A voz de Maria Callas 
ou Placido Domingo 
é uma arte do corpo, 
a voz. 

As mulheres de Myammar 
a acrescentarem dezenas de colares 
no pescoço até deslocarem a coluna vertebral 
e ficarem paralisadas para sempre é um exagero. 

Os piercings na língua 
e os vários casos de morte
 por septicemia também podem 
se enquadrar no exagero. 

O limite então fica à decisão de cada um. 

Não chegaria ao ponto de 
dar tatuagem de presente 
no Dia dos Namorados, 
como Carlos sugeriu em postagem anterior. 


.