quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Thomas Merton





"Eu estava livre.

Havia recuperado minha liberdade.

Pertencia a Deus,

não a mim mesmo..."

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Desde criança vi coisas estranhas na TV!






"* O Tarzan andava quase nu...
* A Cinderela chegava a casa à meia noite...
* O Aladim era ladrão...
* O Batman conduzia a 320 km/h...
* O Pinóquio mentia...
* A Bela Adormecida era uma vagabunda...
* O Zé Colmeia e Catatau eram cleptomaníacos e roubavam cestas de piquenique...
* A Branca de Neve morava numa boa com 7 homens (pequenos, mas não mortos)...
* A Olívia Palito tinha bulimia.
* O Popeye fumava um cigarro suspeito!!!
* O Pac Man corria numa sala escura com musica eletrônica, comendo
pílulas que o deixavam maluco.
* O Super-Homem colocava as cuecas por cima das calças.
* A Margarida namorava o Pato Donald e saía com o Gastão.

Agora pedem para eu me comportar bem?
Olha os exemplos que eu tive!
Tarde demais!"

P.S. : Texto anônimo, recebido por email.



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Louis Armstrong



domingo, 27 de novembro de 2011

Alain de Botton, Religião para Ateus





Alain de Botton defende que descrentes valorizem aspectos positivos de religiões


"Deus não existe, é uma criação humana

para atenuar nosso medo da morte.

Com essa certeza em mente,

temos de olhar para as religiões

e ver o que elas podem nos ensinar.

Não com suas doutrinas,

mas com as técnicas que utilizam para

divulgar suas mensagens

-muitas vezes com o uso das artes

- e com o sentimento de comunidade que constroem.

Essa é a tese defendida em 274 páginas

por Alain de Botton em seu novo livro,

"Religião para Ateus".


Suíço de 41 anos,

autor de livros como "A Arquitetura da Felicidade"

e "Como Proust Pode Mudar sua Vida" ,

tem uma fala mansa,

mas dispara críticas contra ateus radicais,

universidades e, claro, religiões."

"Quando falo que precisamos pegar alguns

aspectos bons das religiões, logo dizem:

"e os horrores cometidos pelas igrejas?".

Eu sei dos casos de pedofilia,

da Inquisição, da morte de inocentes...

Mas essa não deve ser a única conversa sobre o assunto", diz.

DISPUTA DESESPERADA

Sobre os ateus radicais, afirma que saíram perdedores em sua disputa desesperada contra as religiões. E nomeia o principal deles: Richard Dawkins, autor de "Deus, um Delírio".

"Não adianta o Dawkins ficar repetindo que as pessoas são estúpidas por acreditar em Deus. O que ele oferece em troca? A ciência não resolve algumas das necessidades que as pessoas têm: consolo, comunidade, moralidade, compreensão."

Botton não defende a volta às igrejas. "Isso não vai acontecer. Nunca retornaremos à ideia de que a Igreja terá uma verdade e será construído um muro em volta dela. Somos democráticos não apenas na questão política mas também no campo das ideias. A verdade hoje é múltipla", afirma.

Qual a solução, então?

Botton acredita que, primeiro, o ser humano precisa admitir que é fraco e necessita de ajuda.

"O mundo liberal criou em nós a ideia de que somos autossuficientes. Não é verdade. Precisamos de ajuda, de aconselhamento. Mas, se alguém nos oferece orientação, repelimos. Dizemos que não precisamos de babás, que não venham nos dar ordens."

Nesse ponto, ele envereda por mais questões polêmicas. Acha, por exemplo, que os governos estão certos ao tomar medidas contra o tabaco ou o consumo excessivo de gordura.

"Quando anunciam medidas como essas, a mídia liberal faz um escândalo. Diz que estão tolhendo nossa liberdade. Mas as pessoas aprovam. Tenho um amigo fumante que fica feliz quando aumentam o preço do cigarro, pois precisa de ajuda para parar de fumar. Às vezes, é legítimo que as autoridades tomem medidas para impedir que nos façamos mal. As religiões sempre fizeram isso."

Sobre as universidades, diz que ficaram técnicas demais e não ensinam as pessoas a viver. "Poderíamos ter aulas de como nos relacionar com os outros, por exemplo."

Uma vez mais, porém, não foge à polêmica. "Há mais sabedoria nos livros de [Marcel] Proust que no 'Novo Testamento'. É um comentário herético, mas é verdade."

No entanto, reconhece a diferença de alcance e influência. "Quem lê Proust hoje? Só uma ínfima minoria. Já o 'Novo Testamento' continua a vender milhões de cópias."

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/990951-alain-de-botton-defende-que-descrentes-valorizem-aspectos-positivos-de-religioes.shtml


Vaguinaldo Marinheiro, de Londres para a Folha on line ( de onde foi resumida a matéria).

sábado, 26 de novembro de 2011

Jim Caviezel, the best.



Não dá prá começar a matéria mentindo pelo silêncio.
Se eu fosse diretor, JAMAIS colocaria Jim Caviezel para atuar em um filme meu.

Terrence Malick o fez em ALÉM DA LINHA VERMELHA.
O resultado foi que só da terceira vez que vi o filme foi que entendi.

A causa é exatamente o que vocês estão pensando:
eu não conseguia tirar os olhos de Jim Caviezel.

Não apenas a beleza física, o rosto perfeito e um andar desengonçado de quem acabou de entrar na adolescência, apesar dele já ter 30 anos quando fez aquele extraordinário filme.
Uma atuação impecável e uma personalidade magnetizante.

Isto tudo está repetido no novo seriado "Person of Interest", que o canal da Warner exibe em HD.
O enredo é simples como todos os bons roteiros de cinema: depois dos ataques de 2001, o governo americano investiu bilhões em programas que reconheciam terroristas no meio da rua.
Mas perdeu o interesse pelos criminosos comuns que eram detectados antes das ocorrências.
O bilionário dono da empresa que criou o programa de informática, inconformado com este desinteresse, se une a um ex-militar das Forças Especiais, para tentar influir sobre os delitos.

Produzido por J.J. Abrams que criou Lost, Fringe e Alias; e por Jonathan Nolan que foi co-roteirista de Batman, o Cavaleiro Negro, e outros, cada episódio (foram 22 na primeira série e esta semana foi exibido o 6) é uma história ímpar e primorosa, cheia de "momentos do ator", aqueles minutos preciosos onde toda a ação é suspensa e um grande ator como Caviezel pode esbanjar seu talento.

Já eleito, por mim, um dos melhores seriados de 2011.
Ainda não há previsão de lançamento em DVD e Bluray, mas será imperdível.

P.S.: Como ninguém é perfeito, Jim Caviezel foi o Cristo naquele açougue de mau gosto chamado A Paixão de Cristo de Mel Gibson.
Totalmente esquecível !!!

cena do seriado Person of Interest.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Éle Semog, poeta angolano, negro.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O caminho não seguido, Robert Frost





"Dois caminhos separados

por uma árvore amarela.
Pena, não pude ir pelos dois.
Tanto esperei ser viajante...
Em um: olhar o que me encante,
Até não ver nada depois;

No outro: olhei o mais que pude,
Tendo, talvez, maior clamor.
Tinha o prazer da grama rude,
E o passo, assim, tão amiúde,
É mais um gasto a sobrepor.

Nos dois a manhã se inicia
Em folhas firmes que se pisa.
Oh, eu começo todo dia,
Ainda sabendo como iria,
Mas tendo a volta imprecisa!

Então suspiro, alma contida,
Tão longe, uma distância imensa...
Dois caminhos separados por uma árvore,

e eu...peguei o menos usado
E isso fez toda diferença! "


1. The Road Not Taken


Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both

And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I—
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.

Robert Frost (1874–1963). Mountain Interval. 1920.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Internet e seus riscos





terça-feira, 22 de novembro de 2011

Carlos Castañeda



"Para o homem comum, o mundo é estranho porque, quando não está cansado de viver, está sofrendo por coisas que acredita não merecer.

Para um GUERREIRO, o mundo é estranho porque é estupendo, pavoroso, misterioso, insondável.

A arte do GUERREIRO consiste em equilibrar o terror de ser um homem, com a maravilha de ser um homem."

Carlos Castaneda

Foto: Gokhan Inler, suiço de pais turcos, meia do time do Napoli.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Saramago e sua definição de filho






" Filho é um ser que nos foi emprestado
para um curso intensivo de como
amar alguém além de nós mesmos,
de como mudar os nossos piores
defeitos para darmos os melhores exemplos
e de aprendermos a ter coragem.


Isto mesmo!

Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem
que alguém pode ter,
porque é expor-se a todo o tipo de dor,
principalmente o da incerteza de estar
a agir corretamente
e do medo de perder algo tão amado.

Perder?
Como?
Não é nosso, recordam-se?
Foi apenas um empréstimo. "


EU : acrescentaria que, como tudo na vida,
não é para todo mundo.

Eu, por exemplo, nunca pensei em ser pai.
Não teria estrutura mental para dividir
o tão curto tempo que é uma vida
com um ser que nos obriga a retroceder
à infância e às bobeiras da juventude,
mesmo quando já se chegou na maturidade.

Esperar filho adolescente chegar de festinhas nas madrugadas?
Antes dormir e não despertar.
ah ah ah


domingo, 20 de novembro de 2011

ONU faz pesquisa no mundo.






A ONU enviou uma carta para todos os países:

"Por favor diga honestamente qual é a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo?"

A pesquisa foi um fracasso.

Os europeus não sabiam o que era "escassez",
os africanos não sabiam o que era "alimento",
os cubanos não sabiam o que era "opinião",
os argentinos não sabiam o que era "por favor",
os norte-americanos não sabiam o que era
"resto do mundo"
e o Congresso brasileiro está debatendo
até hoje o que é "honestamente".


sábado, 19 de novembro de 2011

O Entalhador de Madeira, de Chuang Tzu






"Khing, o mestre entalhador, fez uma armação para sinos, de madeira preciosa.
Quando terminou, todos que aquilo viram ficaram surpresos.
E disseram que deveria ser obra dos espíritos.

O Príncipe de Lu disse ao mestre entalhador:
-Qual é o seu segredo?
Khing respondeu:
-Sou apenas operário.
Não tenho segredos.
Há só isso.
Quando comecei a pensar no trabalho que me ordenastes protegi meu espírito, não o desperdicei em ninharias que não vinham ao caso.

Jejuei a fim de por meu coração em repouso.
Depois de jejuar três dias,
esqueci-me do lucro e do sucesso.

Depois de cinco dias
esquecí-me do louvor e das críticas.
Depois de sete dias
esqueci-me do meu corpo
com todos os seus membros.

Nesta época, continuou Khing,
todo pensamento de Vossa Alteza
e da corte se esvanecera.

TUDO AQUILO QUE ME DISTRAÍA
DO TRABALHO DESAPARECEU.

Eu me recolhera a um único pensamento:
a armação do sino.

Depois fui à floresta
ver as árvores em sua condição natural.

Quando a árvore certa apareceu a meus olhos,
a armação do sino também apareceu...
...nitidamente... sem qualquer dúvida.

Tudo o que tinha a fazer era esticar a mão
e começar.
Se não houvesse encontrado
esta determinada árvore,
não haveria qualquer armação para o sino.

O que aconteceu?
Meu próprio pensamento unificado
encontrou o potencial escondido na madeira.
Deste encontro
surgiu a obra
que vocês atribuem aos espíritos."

EU: Este texto é de um dos livros mais preciosos que encontrei na vida, O Caminho de Chuang Tsu, de Thomas Merton.

Esta postagem é dedicada a um amigo que, de certa forma, é também um artista e, além das técnicas de sua arte, deve também retirar tudo que impede o surgimento do seu talento ainda maior.

Assim como o artesão, que nada acrescentou na árvore para fazer o belo sino.

Ele apenas retirou o que havia em excesso... e deixou surgir a sua Obra.

Mais do que esta maluca profusão de atividades em que nos engajamos a cada dia, as coisas principais da vida, para surgirem, é mais uma questão de retirar excessos e deixar brotar o que já estava lá dentro, à espera.


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Satchita



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Crítica da Razão Pura, Ana Moura





Porque quiseste dar nome
Ao gesto que não se diz
Ao jeito de ser feliz
Porque quiseste dar nome?

De que te vale saber
De que é feita uma paixão
As estradas dum coração
De que te vale saber?

Porque quiseste pensar
Aquilo que apenas se sente
O que a alma luz e gente
Porque quiseste pensar?

Diz onde está a razão?
Daquilo que não tem juízo
Que junta o choro e o riso
Diz onde está a razão

Porque quiseste entender
O fogo que fomos nós?
Meu amor, se estamos sós
Foi porque quiseste entender

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Orson Welles e a solidão





"Nascemos sózinhos,
vivemos sózinhos
e morremos sózinhos.

Só no amor e na amizade
podemos criar a ilusão,
por um instante,
de que não estamos sózinhos."

Orson Welles


terça-feira, 15 de novembro de 2011

República x Corrupção





EU: Neste dia da Proclamação da República este blog partilha INTEIRAMENTE do sentimento do povo brasileiro contra a corrupção.

Ninguém aguenta mais de "cumpanheiros" sem nenhum embasamento teórico abrindo consultorias que rendem milhões de reais por ano.
Nem de milhares de ONGs fantasmas alimentadas por deputados e ministros larápios.
Nem de tanta gente defendendo suas próprias categorias e esquecendo que isto aqui é um país e não um feudo onde classes privilegiadas recebem dezenas de milhares de reais de salários pagos por um contribuinte já agonizante de tantos impostos.

Acorda Brasília, antes que a Primavera Árabe chegue por aqui!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Irmãs de Caridade, um coerente ativismo.



Instigante artigo ontem no New York Times sobre um nova práxis religiosa.

Uma Congregação católica, as Irmãs de São Francisco, inconformadas com a possibilidade de seu Fundo de Pensão ser usado para causas pouco humanitárias, decidiu influir nas grandes financeiras.

De várias maneiras:
Por exemplo, comprando participação até ter vaga em reuniões decisivas das corporações,etc.

"Não queremos destruir as grandes corporações, mas melhorar o seu senso de responsabilidade" diz Irmã Nora Nash, na foto acima, enquanto se prepara para uma reunião no multi poderoso Goldman Sachs, em Nova Iorque.

Apóiam o movimento de Ocupem Wall Street.

Uma foto circulou na internet nos últimos dias:
uma manifestante com um cartaz dizendo "Acabem com o Banco Central."

Como lembrou Miríam Leitão nenhum país vive sem um BC, mas é pesaroso saber que o Fed americano ajudou com bilhões de dólares dos contribuintes aos grandes bancos.
Só para vê-los premiarem com centenas de milhões de dólares de bônus anuais, os diretores que cavaram o mais fundo buraco financeiro que se possa imaginar,
com suas políticas de empréstimos irresponsáveis e todo tipo de Derivativo para especular e mergulhar o mundo nesta sucessão de crises financeiras de hoje, o que é só a pequena ponta de um enorme iceberg futuro.

domingo, 13 de novembro de 2011

PRISIONEIRO, de Orlando Caetano






Prisioneiro ficaste
em teu próprio casulo.

Os fios de seda
que um a um fiaste
parecem-te de ferro
como as grades de uma jaula.
Tu és a fera
que julga sempre fraca
a sua força.

Quando será o dia
em que para além do sonho
e da latência amorfa e inibida
reviverás liberto
em borboleta alada e leve
sem rumo certo mas amando a vida
espreguiçando-te
ao sorvê-la gota a gota?

sábado, 12 de novembro de 2011

Nise da Silveira, brasileira.





"Durante esses anos todos que passei afastada, entrou em voga na psiquiatria uma série de tratamentos e medicamentos novos que antes não se usavam. Aquele miserável daquele português, Egas Moniz, que ganhou o prêmio Nobel, tinha inventado a lobotomia. Outras novidades eram o eletrochoque, o choque de insulina e o de cardiazol. Fui trabalhar numa enfermaria com um médico inteligente, mas que estava adaptado àquelas inovações. Então me disse: "A senhora vai aprender as novas técnicas de tratamento. Vamos começar pelo eletrochoque." Paramos diante da cama de um doente que estava ali para tomar eletrochoque. O psiquiatra apertou o botão e o homem entrou em convulsão. Ele então mandou levar aquele paciente para a enfermeira e pediu que trouxessem outro. Quando o novo paciente ficou pronto para a aplicação do choque, o médico disse: "Aperte o botão." E eu respondi: "Não aperto." Aí começou a rebelde."

EU: Nise da Silveira, psiquiatra alagoana que viveu a maior parte da vida no Rio de Janeiro, é um dos mitos da minha vida.
Corajosa, ousada, rebelde e intransigente com sua sensibilidade.
Influenciada por Jung abordou a doença mental pelo lado da arte e da mitologia.
Está em produção um filme brasileiro sobre ela, com Glória Pires no papel principal.
Torcemos para que seja um épico brasileiro e a nação possa conhecer mais desta mulher excepcional que teve a honra de conhecer pessoalmente em seu apartamento no Rio, na década de 70.


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Rir é o melhor remédio 11.11.11



"Você não parece nem um pouco com aquele garoto cabeludo e magro com quem me casei 25 anos atrás.
Preciso de uma amostra para DNA e confirmar de que és o mesmo."



Os 4 estágios da vida.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Encontros e despedidas, de Milton Nascimento, com Maria Rita





Mande notícias
Do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço
Venha me apertar
Tô chegando...

Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero...

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega prá ficar
Tem gente que vai
Prá nunca mais...

Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai, quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir...

São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem
Da partida...

A hora do encontro
É também, despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O poema da árvore, Joyce Kilmer







"Sei que nunca verei
poema mais belo e ardente,
do que uma árvore;
uma árvore que encerra
uma boca faminta
aberta eternamente
ao hálito sutil e flutuante da Terra.

Voltada para Deus todo dia,
ela esquece os braços
a pender de folhas,
numa prece.

( ....)

A chuva vive na mais doce
intimidade do tronco,
a se embalar nos galhos seus.

Qualquer mortal como eu
sabe fazer um poema.
Mas quem sabe fazer uma árvore?
Só Deus. "

Tradução de Olegário Mariano, 1937.
copiado da coluna Letraàsterças" de Luzilá Goncalves,
que aguardo com ansiedade cada semana,
no Diário de Pernambuco.