quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O caminho não seguido, Robert Frost





"Dois caminhos separados

por uma árvore amarela.
Pena, não pude ir pelos dois.
Tanto esperei ser viajante...
Em um: olhar o que me encante,
Até não ver nada depois;

No outro: olhei o mais que pude,
Tendo, talvez, maior clamor.
Tinha o prazer da grama rude,
E o passo, assim, tão amiúde,
É mais um gasto a sobrepor.

Nos dois a manhã se inicia
Em folhas firmes que se pisa.
Oh, eu começo todo dia,
Ainda sabendo como iria,
Mas tendo a volta imprecisa!

Então suspiro, alma contida,
Tão longe, uma distância imensa...
Dois caminhos separados por uma árvore,

e eu...peguei o menos usado
E isso fez toda diferença! "


1. The Road Not Taken


Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both

And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I—
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.

Robert Frost (1874–1963). Mountain Interval. 1920.