Prisioneiro ficaste
em teu próprio casulo.
Os fios de seda
que um a um fiaste
parecem-te de ferro
como as grades de uma jaula.
Tu és a fera
que julga sempre fraca
a sua força.
Quando será o dia
em que para além do sonho
e da latência amorfa e inibida
reviverás liberto
em borboleta alada e leve
sem rumo certo mas amando a vida
espreguiçando-te
ao sorvê-la gota a gota?