"Como desperta o vale. Às duas e quinze da madrugada, não há ruídos, a não ser no mosteiro: tocam os sinos, o Ofício Divino se inicia. Lá fora, nada, exceto, talvez, um sapo-boi coaxando 'Om' no riacho ou no laguinho da hospedaria. Em algumas noites, ele fica no Samadhi, nem se ouve o 'Om'. Nessas manhãs, o pio misterioso e ininterrupto do pássaro da noite começa mais ou menos às três. Ele nem sempre está perto. Às vezes são dois ou três piando juntos, talvez a um quilômetro de distância nas florestas a leste.
Conjectures of a Guilty Bystander, de Thomas Merton
(Doubleday, New York), 1966. p. 131
No Brasil: Reflexões de um espectador culpado, (Editora Vozes, Petrópolis), 1970. p. 151
P.S.: texto copiado de um email da "Sociedade dos amigos fraternos de Thomas Merton" do Rio de Janeiro.