quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Crítica da Razão Pura, Ana Moura





Porque quiseste dar nome
Ao gesto que não se diz
Ao jeito de ser feliz
Porque quiseste dar nome?

De que te vale saber
De que é feita uma paixão
As estradas dum coração
De que te vale saber?

Porque quiseste pensar
Aquilo que apenas se sente
O que a alma luz e gente
Porque quiseste pensar?

Diz onde está a razão?
Daquilo que não tem juízo
Que junta o choro e o riso
Diz onde está a razão

Porque quiseste entender
O fogo que fomos nós?
Meu amor, se estamos sós
Foi porque quiseste entender