Crítica, num estado democrático, é sempre bem vinda.
É uma oportunidade de ouvir opiniões, concordantes ou não, e criar interesses baseados nestas visões.
Muitos filmes, livros,etc, nós só conhecemos e vamos comprovar, depois de ver alguma crítica, em algum lugar.
Às vezes o crítico transmite um amargor demasiado.
Foi o que aconteceu com Augusto Nunes, na VEJA desta semana.
Ele resenhou o livro de Fernando Henrique Cardoso, contando como ele vê a vida e o mundo do alto dos seus 80 anos.
Ninguém pode discordar que FHC é um ex-presidente à parte.
Se não chega a ser, como ele diz, "nesta primavera, Collor e Sarney, 2 ex , agonizam no Senado e Lula escolhe candidatos a prefeito", mas tem um fundo de verdade.
Como também tem muito de verdade a frase que abre o artigo:
"A lista de ex-presidentes brasileiros é uma galeria de exotismos, de napoleões de hospício a gatunos patológicos.
A exceção límpida é FHC, confirma o seu livro "A soma e o Resto."
Agora, não sei de onde ele tirou esta outra conclusão:
"... Dilma Rousseff é a primeira mulher a chefiar o governo, e provavelmente a primeira figura a governar um país sem conseguir expressar-se de modo inteligível."
Carregou nas tintas, Augusto.
Pode ter sido uma bela frase de efeito, mas muito injusto com a Dilma.
Nunca deixei de entender direitinho o que ela diz,
mesmo quando não concordo com tudo.