sábado, 4 de maio de 2013

Richard Wagner, 1813-2013, O Ouro do Reno

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O Ouro do Reno
é a primeira parte
da Tetralogia de
O Anel dos Nibelungos.

Abrindo com sons hipnóticos
que se assemelham ao
som das águas,
mostra o início da
luta entre os
que escolheram o Amor
e os que ficaram com o Poder.

É um microcosmo 
de toda história humana,
que se repete milhões de vezes
cada segundo.

O anão Alberich vai às profundezas
do Rio Reno para conquistar
alguma das Damas do Reno,
as guardiães do ouro.

Rejeitado por elas,
por sua feiúra e falta de tato,
descobre que o lugar guarda 
um ouro precioso que,
se transformado em anel,
fará do dono o homem
mais poderoso do mundo.

O pequeno detalhe é que,
para isto acontecer, 
o dono tem que abdicar
totalmente do amor.

São 2 horas de música apaixonante
que acaba numa apoteose jamais vista
na história da música :
a entrada dos deuses no Valhalla,
o seu novo castelo,
construído pelo gigantes
Fafner e Fasolt,
já atingidos pela 
maldição do anel.

Na foto acima,
a montagem usada em Bayreuth, Alemanha,
na década de 80,
quando da comemoração do
centenário do Anel.
O teatro construído pelo próprio Wagner,

A Philips deve ao fãs
o lançamento em bluray
deste conjunto.
Com regência de Pierre Boulez
e cenografia de Patrice Chereau,
não tem os melhores cantores
nem o melhor som,
mas sua encenação numa era
industrial é inesquecível
e algumas passagens são antológicas,
como Brunhilde enrolando 
o corpo de Siegmund em
um imenso lençol branco,
enquanto o prepara para
aceitar a morte.

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