O deserto parou à tua porta
e viu lá dentro
- era uma casa transparente -
jardins floridos
repuxos de água fresca
e confortáveis redes de repouso.
Ouviu sonatas ao piano
e eram mãos delicadas
- as tuas -
que o tangiam.
A porta estava aberta para todos
a casa estava cheia de convivas,
só o deserto
por ser deserto
lá não podia entrar.
P.S. :
Grande amigo
e poeta português.
Escultura de Camile Claudel,
A Valsa
.