segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Deixa eu te apresentar teu mais provável assassino, Guilherme Duvivier






Acontece toda vez que bebi demais: 
entro no banheiro
 e me deparo com uma cena estranhíssima. 
Um sujeito baixinho, 
com a barba por fazer 
e um calvície precoce, 
me olha no fundo dos olhos. 
"O que é que você quer?" 

Percebo, aos poucos, 
que seu corpo obedece ao meu comando, 
mas reluto a entender que sou eu. 
Entendo que talvez eu esteja 
me vendo daquele jeito. 
Reluto a acreditar que "sou" aquilo. 
Menos ainda: 
que sempre fui aquilo. 
"É assim que as pessoas sempre me viram? 
Não tem nada a ver comigo."



Matéria importante
de Saúde Pública na
FSãoPaulo de hoje.

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