A SOLIDÃO E SUA PORTA
a francisco brennand
Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
e quando nada mais interessar,
( nem o torpor do sono que se espalha ).
Quando, pelo desuso da navalha
a barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha
a arquitetar na sombra a despedida
do mundo que te foi contraditório,
lembra-te que afinal te resta a vida
com tudo que é insolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída :
entrar no acaso e amar o transitório.
( No You tube tem um perfil do Carlos Pena Filho, em 10 minutos.
e um pequeno documentário.
Achei melhor não trazer prá cá.
Os interessados podem ver lá. )