Hoje completa 34 anos da morte de Maria Callas.
Tinha 53 anos e estava em seu apartamento em Paris.
Caiu morta no banheiro,
pouco depois de levantar da cama,
perto de 11 horas da manhã.
O atestado de óbito escreveu Ataque Cardíaco,
mas não foi feito autópsia.
Os restos mortais ficaram alguns meses no Cemitério Pére-Lachaise, em Paris, mas depois as cinzas foram jogadas no Mar Egeu, atendendo um plano dela.
Achava que, dissolvida na água do mar grego, simbolicamente abarcaria a Ilha de Scorpios, onde Onassis estava enterrado.
Quem a conhecia diz que morreu mesmo foi de tristeza.
A morte de Onassis poucos meses antes e com quem, segundo as más línguas, ela voltara a se encontrar, mesmo casado com Jacqueline Kennedy, foi a gota dágua.
Se quiser ver outros textos comemorativos que fiz sobre ela, basta digitar o nome Callas no espaço da parte superior do blog.
Que falta que ela faz !!!
O selo "Documents - Import " lançou semana passada uma caixa de cds, com 30 óperas em 64 discos.
Pelo que entendi, não acrescenta nada às outras 2 caixas da EMI e semelhantes.
À medida que o tempo passa, Callas consegue o prodígio de cantar cada dia melhor, nos antigos cds.
Quase um mistério !!!
À medida que envelheço também entendo melhor a artista extremada, que gastou os primeiros 40 anos de vida numa maratona de estudos vocais e uma série interminável de apresentações.
A fortaleza artística e a fortuna acumulada a isolaram ainda mais como pessoa e a tornaram ainda mais frágil emocionalmente.
Desta insegurança veio as 2 mais fortes ligações da vida, com Meneghini e Onassis.
Sua gravação da Tosca, em cd, com regência de Sabatta, continua sendo considerada por muitos a melhor gravação de qualquer ópera, em qualquer época.
Foi uma lástima que suas brigas com Karajan e outros sobre os direitos de vídeo nos deixassem tão escassos registros.
Afora os recitais só existe de maior em extensão uma gravação do segundo ato da mesma Tosca.
Indesculpável que não se tenha nenhuma ópera completa de Callas em vídeo.
