segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Jacqueline Kennedy: silêncio, língua presa e elegância.




Jacqueline Lee Bouvier Kennedy Onassis (JaK) poderia ter dado uma entrevista por semana e teria sido capa de grandes revistas nos 31 anos, entre a saída da Casa Branca com o assassinato do marido, e sua própria morte.

Elegante, como ela só, deu apenas 3 entrevistas na vida.
A primeira, poucos meses depois da morte do marido.
A segunda só teve autorização da filha para publicação este ano.
A outra só se tornará pública em 2069, quando estarei lendo em meu leito de velhice, com exatos 116 anos. ah ah ah

O livro com as entrevistas ao historiador e grande amigo da família Kennedy, Arthur Schlesinger Jr, saiu nos Estados Unidos.
A edição em espanhol está programada para novembro.
A edicão brasileira ? Não tenho idéia.

A americana vem acompanhada com 6 cds com todo o conteúdo da entrevista.
Já encomendei o meu exemplar por 32 dólares.

Uma das curiosidades são as críticas, que não eram o seu forte.

Diz que Kennedy considerava Roosevelt, um salvador da pátria pelos americanos, um charlatão, ou um "poseur".
Desanca também Martin Luther King Jr. um herói para os negros americanos.
Diz que o presidente garantiu a ela que o FBI tinha gravado várias fitas de Luther King Jr. quando ele veio para a famosa marcha pelos direitos civis, na capital, onde fez o celébre discurso "Eu tenho um sonho".
Enquanto no hotel, à espera da marcha e do discurso, ele se ocupava de assunto mais prosaico:
convidava homens e mulheres para uma orgia no seu quarto de hotel.

Os cds mostram o charme de JaK que tinha a língua presa... como um certo ex-presidente do Brasil, mas era muito elegante na sua "diferença".

Acima, bela foto da estátua de pedra de Martin Luther King Jr. que seria inaugurada algumas semanas atrás, mas foi adiado para 16 de outubro, por conta do furacão.
O único homem a ter uma homenagem dentro da esplanada dos monumentos no centro de Washington DC.

P.S.: 1. Até prá morrer JaK foi uma pioneira. Morreu de um linfoma não-Hodgkin, o mesmo da Presidente Dilma, Gianecchini e Andy Whitfield.

2. O New York Times fez a primeira resenha que eu li deste livro. Elio Gaspari fez uma grande anotação ontem, com a leveza, graça e ironia que lhes são próprias.