segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Medicina e erros desnecessários.




A medicina, como tudo que tem a mão humana, tem uma margem de erro.
Espantoso é que muitos deles podem ser evitados com protocolos que custam nenhum dinheiro e alguns segundos.
Se os médicos brasileiros seguissem o que os outros países fazem, por exemplo, não haveria pacientes entrando em salas de cirurgia para operar uma perna e saindo sem a outra perna, a saudável.
Todo paciente cirúrgico deve ser perguntado o nome antes da anestesia, e com um lápis, marcado na pele o lugar da cirurgia.
Parece tão óbvio, tão simples.
Mas não é feito.
Pena que os erros humanos continuem.

A imprensa médica noticiou um destes casos ontem.
Um homem de 38 anos levou uma queda e foi internado em coma em um dos maiores e mais prestigiados hospitais de Taiwan, China.
A família doou os órgãos e 5 pacientes os receberam.

Não é um hospital de beira de rua.
É um hospital onde 4 transplantes podem ser feitos em um único dia .
(O coração foi transplantado em outro hospital).

O protocolo médico diz que qualquer informação vital recebida por telefone, será checada por uma segunda pessoa.
Esqueceram de fazer isto neste caso.

Um médico ligou para o laboratório perguntando qual era o resultado do exame de HIV e o funcionário disse: REATIVO.
O médico entendeu NÃO-REATIVO.

Os transplantes foram feitos e 5 pacientes estão agora na triste situação de receberem poderosos medicamentos para baixar a imunidade (para não rejeitarem os transplantes) e potentes remédios contra o HIV que adquiriram.

Uma história que deve trazer reflexão.

P.S.: a ilustração é de um esquema de transplantes de ilhotas do pâncreas.