Umar Farouk Abdulmutallab (UFA) é este estudante nigeriano de 23 anos.
No Dia de Natal de 2009 estava no vôo 253, entre Amsterdam e Detroit, com 300 passageiros.
1 hora antes da aterrisagem passou um longo tempo no banheiro do avião. Os passageiros acharam que ele estava se banhando para chegar em Detroit arrumado.
Na verdade ele estava fazendo um ritual muçulmano de purificação, antes do martírio.
Quando voltou para a sua cadeira detonou um artefato de PETN que estava na sua cueca.
Felizmente a bomba falhou, teve tremendas queimaduras e os outros passageiros o imobilizaram.
Não aceitou advogados e ontem, para surpresa geral, declarou-se culpado. Disse que foi a maneira que encontrou de se vingar dos milhares de muçulmanos que são mortos a cada ano por americanos e aliados.
Eu:
1. A história é toda um vexame só. Como as poderosas CIA e FBI deixaram alguém entrar com PETN dentro da cueca, num avião comercial ?
2. É justo que a sociedade queira se vingar do que seria um catástrofe horrenda, a queda de um avião com 300 pessoas à bordo, mas... a frieza com que ele se declarou culpado e vai para uma pena de prisão perpétua, que é a maior em Detroit, Michigan, nos leva a refletir.
Quantos jovens árabes e muçulmanos, desesperados em seus projetos e na sua forma de ver o mundo, estariam prontos para tentar a mesma coisa?
100 milhões ?
Vai ter cadeia para toda esta gente ?
Não seria melhor o mundo ocidental, e os Estados Unidos e Israel em particular, fazerem ver a estes jovens, como na época do Corpo da Paz, que não são nações cuja exclusiva idéia é dilapidar a riqueza dos outros povos prá poder saciar a ganância de suas grandes corporações?
Não seria melhor pressionar por uma resolução para a Questão Palestina, em discursos que já duram 60 anos?
Este assunto é um ponto crucial no sentimento de humilhação que os muçulmanos sentem frente ao Ocidente.
Sei que é uma questão muito complexa para resumir em poucas linhas, mas o mundo inteiro acaba sofrendo a reação a uma atitude estúpida e o massacre, como na última invasão de Israel a Gaza.
Uma reflexão para cada um de nós.