Até o Presidente Barack Obama se pronunciou há 2 dias, dizendo que Trayvon Martin ( T M ) poderia ser o seu filho.
A história é pesada e demonstrativa da paranóia e arrogância que permeia setores da sociedade americana.
Em 27 de fevereiro T M fez compras em uma loja de conveniência em Sanford, condomínio fechado chique, em Orlando, Flórida.
Sua roupa, comum a 99.9% dos jovens negros pobres : casaco com capuz sobre a cabeça despertou a paranóia de George Zimmerman, encalacrado na sua posição de patrulheiro de bairro.
Homens moradores do próprio bairro que tomam a justiça para si, com apoio de autoridades, para fazerem a vigilância. Uma instituição que dá asas a muitas maluquices e não deveria existir, pois ninguém precisa substituir o trabalho da polícia quando ela existe de fato e de direito.
Zimmerman ligou para a central da polícia, 911, e disse que o rapaz era "realmente suspeito porque, além de tudo, ele estava andando na chuva!!!".
O operador disse a ele que não agisse, que apenas observasse.
Mesmo assim ele abordou o rapaz e terminou matando-o com um tiro.
As passeatas agora pipocam pelo país.
Pelo crime em si, já pavoroso, e porque o xerife da localidade sequer considerou que tinha havido um crime digno de ser investigado.
Nada fez, até começarem os protestos pelo país.
Se o Brasil fosse protestar por cada rapaz pobre assassinado ainda não teríamos tido tempo sequer de ter saído das caravelas de Pedro Álvares Cabral.
Tantos são e tanta a impunidade de quem os comete.