domingo, 20 de abril de 2014

Garcia Márquez ao receber o Premio Nobel em 1982.








Os 3 parágrafos finais do discurso :



Um dia como hoje, 
meu mestre William Faulkner disse: 
“Eu me recuso a aceitar o fim da humanidade”.

 Não seria digno de mim 
estar num lugar em que ele esteve
 se eu não tivesse plena consciência 
de que a tragédia colossal 
que ele se recusou a reconhecer,
 32 anos atrás, é agora,
 pela primeira vez desde 
o começo da humanidade, 
nada além de uma simples possibilidade científica.

Cara a cara com esta realidade horrenda
 que pode ter parecido uma mera utopia
 em toda a existência humana,
 nós, os inventores das fábulas,
 que acreditamos em qualquer coisa,
 nos sentimos inclinados a acreditar 
que ainda não é tarde demais 
para nos engajarmos 
na criação da utopia oposta.

Uma nova 
e avassaladora utopia da vida,
 onde ninguém será capaz 
de decidir como os outros morrerão,
 onde o amor provará que a verdade 
e a felicidade serão possíveis, 
e onde as raças 
condenadas a cem anos de solidão terão,
 finalmente e para sempre, 
uma segunda oportunidade sobre a terra.



Uma tradução do texto inteiro está no link abaixo :

http://www.diarinho.com.br/blog.cfm?codigo=87&post=8046