20 anos hoje que um avião vindo
do vizinho Burundi,
com os presidentes da etnia
hutu de Ruanda e Burundi,
foi abatido por 2 mísseis,
quando se aproximava para pousar
em Kigali,
capital de Ruanda.
Não se sabe ao certo
quem disparou os mísseis,
mas foi o sinal para começar um
massacre dos hutus majoritários
contra os tutsis e hutus moderados.
Há meses programas de rádio
denegriam os segundos,
chamando-os de baratas,
porque tinham a pele mais
seca do que os tutsis.
Os hutus por séculos eram
considerados menos inteligentes
do que os hutus.
Cerca de 1 milhão de tutsis e
hutus moderados foram mortos,
a maioria à facão.
Histórias prá lá de tenebrosas,
de capelães militares católicos
e pastores adventistas que
acolheram centenas de perseguidos
em suas igrejas e foram chamar
os algozes para matá-los.
Aqui no blog tem várias matérias
sobre este massacre,
que sempre me espantou
pela brutalidade e pela
ocorrência diante dos olhos de um mundo
que tinha jurado que holocaustos genocidas
não teriam mais vez.
Para encontrar as matérias é
só digitar "Ruanda" na
caixa do canto superior esquerdo.
Em outra proporção, sempre
me assusta a tática política desde César,
de "dividir para conquistar".
Num caso particular do Brasil,
considerar todo mundo que não
aprove o meu pensamento como
"elite", "mídia golpista", etc,
é só uma forma de desumanizar
o adversário e fragilizá-lo,
e justificar qualquer coisa
contra ele.