terça-feira, 19 de abril de 2011

Os muçulmanos de Belo Jardim




A pequena comunidade muçulmana de Belo Jardim, 30 kms aqui de Pesqueira, está sob fogo cerrado. São pouco mais de 10 pessoas, conforme as informacões da revista Veja, de onde foram tirados todos os dados destas matéria.
Reportagem de 4 páginas na Veja desta semana faz pesadas acusações.

Num primeiro grupo de 8 alunos brasileiros que foram para o Irã estudar, 4 eram da cidade: um mototaxista, um professor primário, um funcionário do Banco do Brasil e um professor de inglês.

O problema é que o professor no Irã era Mohsen Rabbani e os alunos foram escolhidos por um irmão de Rabbani que mora em Curitiba.

Mohsen Rabbani está na lista dos terroristas mais procurados pela Interpol. É acusado de ser um dos mentores de um atentado terrível contra a AMIA (Associação Mutual Israel e Argentina) em 18 de julho de 1994, em Buenos Aires.
Era um edifício onde velhos aposentados e pobres moravam. Um carro bomba cheio de Nitrato de Amônia explodiu, destroçando os 5 andares do edifício, matando 85 pessoas e ferindo mais de 300.

Poucos dias atrás a TV Cultura exibiu um pungente documentário sobre o atentado com o título de "Memória dos que ficam".

Cabem as explicações de cada parte.
No JC desta segunda alguns dos 4 envolvidos negam qualquer contato com terroristas e dizem que foram estudar sua religião.
É uma pavorosa história, sejam quais forem as conclusões.
Na melhor das hipóteses, se os dados da Veja forem infundados, se terá atormentado a vida de pessoas, apenas por suas opções religiosas.

P.S.: A foto é da Kaaba, em Meca, centro da peregrinação anual que é um dos pilares da religião.
O Islamismo é uma das 3 religiões ocidentais monoteístas (cristianismo, judaismo são as outras 2).
É baseada na fé, no entendimento e na paz.
Pena que virou coisa diferente para uma pequena minoria que usa para externar sua oposição a uma caótica situação econômica em alguns países árabes, e oposicão a ditaduras árabes e ao sentimento de ter governos dominados por EUA e Israel.

Algumas das alegações são justas, mas nada permite o crescimento do ódio de classes e sua exteriorização através do terrorismo contra civis.

O Brasil desde FHC, e ainda mais com Lula, tem jogado um perigoso jogo de Pollyana com esta questão. Garante que na Tríplice Fronteira não existe uma rede de financiamento ao Hezbollah e que tudo está bom e bonito e que nenhum atentado pode acontecer no Brasil, se ele fizer de conta que está dormindo.
Nega uma realidade que Interpol e FBI não assinam embaixo.
Talvez, como em tantos outros assuntos, só acordará quando o mal não possa ser mais remediado.