terça-feira, 10 de abril de 2012

Maceió, Capital Brasileira dos Assassinatos, sangra.




Muito deprimente a reportagem de páginas internas do Diário de Pernambuco de hoje, relatando como a bela e agradável Maceió, se transformou na capital campeã brasileira de assassinatos.

Em 2000 a cidade tinha 360 homicídios por ano.
Em 2010 teve 1025.
109.9 por 100 mil habitantes.
Ou seja, 1 de cada 1000 habitantes é assassinado por ano.

80 % se refere a uso de drogas.
São 15 favelas populosas.
Um senhor que vende doces dá o seu depoimento:
"Em 7 anos perdi 5 filhos.
Foram mortos por amigos.
Compraram drogas, não pagaram as dívidas
e morreram.
Tinham entre 18 e 23 anos."

Alagoas só perde para Maranhão e Piauí,
entre os estados brasileiros com pior desenvolvimento social.

Maceió tem uma estrutura diferente dos morros cariocas.
Não existe território determinado de facções,
nem grandes traficantes exibindo luxo.
Muitos dos pequenos vendedores de drogas
o fazem para financiar o seu próprio vício,
numa teia provavelmente mais perigosa,
inclemente e brutal.

EU :
1. Alguns anos atrás uma autoridade local disse à imprensa que os turistas não precisavam se preocupar com a violência alagoana, pois ela só atingia os habitantes locais.

2. Não tenho nenhuma idéia de como resolver um problema tão dramático.
Certamente, pena de morte,etc, não assustaria pessoas já a um passo do cadafalso "natural "de suas vidas.

3. Além da inserção social, que toma décadas prá se impor, se poderia tomar algumas atitudes já postas em prática no norte da Europa e que dificilmente seriam aceitas num Brasil, onde uma cartilha contra a homofobia faz religiosos exibirem sua maior truculência.
Estou falando do estado financiar a droga ou entregar a própria droga, para evitar as tais dívidas e as mortes.

Qualquer "loucura" que salvasse uma parte destes milhares de jovens condenados à morte cada ano, seria aceitável.
Tudo, menos ignorar uma tragédia social deste tamanho.
O tecido social não permite virar as costas para esta hecatombe, mesmo que ela aconteça longe dos olhos da classe média e rica.

4. Em diferente número e gráu, esta é uma realidade de toda cidade brasileira, com tamanho de médio para cima.