quinta-feira, 3 de maio de 2012

André Liohn






O entrevistado desta semana no Roda Viva da TV Cultura foi o fotógrafo brasileiro André Liohn.
Semanas atrás ele ganhou o mais importante prêmio para fotógrafos de guerra, o Robert Capa Gold Medal.

Nascido em Rubião Júnior, num distrito de Botucatu, SP, adolescente foi viver na Europa como lenhador. Considera a si próprio um adolescente infrator.
Morou na Noruega e atualmente mora na Itália, com mulher e 2 filhos menores.

Tremenda sensação de rebeldia juvenil não resolvida.
Não estou adjetivando se isto é bom ou ruim.
Estou só constatando.

Por não ter terminado sequer o segundo gráu de colégio, tem uma teoria confusa sobre muitas coisas, entre elas a sua função de denúncia de guerra.

As fotografias são impecáveis e pungentes.

Deixou o Brasil orgulhoso com seu trabalho e sua coragem pessoal de estar no meio de um lugar (s0bretudo a Líbia, mas também outros conflitos) onde tantos jornalistas perderam a vida.

Já merece o lançamento de uma boa edição da Taschen com sua obra.


Acima a fotografia mais conhecida de André.
Tirada nos conflitos da Líbia ele tem uma história pessoal deste trabalhador que se engajou na luta armada contra Kadafi e foi atingido por estilhaços de uma bomba lançada pelos próprios rebeldes.
Foi atingido na artéria aorta e morreu, quase consciente, em poucos minutos.
O impacto da foto é ainda maior pois ele também fez um filme de poucos minutos que exibe todo o ato dramático da bomba, do ferimento e da morte.
Um soco no estômago… mas nunca o bastante para a humanidade entender o quanto a guerra é horrorosa e deveria ser evitada até o último instante.