Neste embróglio que já dura anos, de mudar cálculos da Caderneta de Poupança, diante de uma realidade nunca vista no Brasil (Selic abaixo de 8.5% ao ano), o povo compreendeu direitinho o que era claro como a luz da lua.
O que mais impressiona é como a mídia e o governo metem os pés pelas mãos, até em assuntos tão objetivos.
A imprensa insistiu o quanto pode em uma desgastado mantra: mexer na Poupança.
O que Collor fez quando assumiu o governo -e traumatizou o país até hoje e para sempre- foi o contrário. Foi "não mexer na Poupança".
Foi imobilizá-la por 1 ano e meio, atitude que só poderia ter sido feita em situação extrema de desastre nacional, o que estava longe de ser o caso.
Não foi mexer, foi tungar.
Uma pena que as cortes superiores de justiça do Brasil, ocupadas com assuntos mais relevantes como habeas corpus de pagodeiro comprando fuzis, levaram mais de 10 anos prá se pronunciar.
Deveria ter se pronunciado no outro dia, como fez a pequena e corajosa corte suprema de Honduras. Loucura de presidente só se corrige daquela maneira. Com volta atrás na insanidade ou expulsão do cargo.
P.S.: Complicado distinguir o que é delírio e cara-de-pau de alguns políticos. Na coluna de Cláudio Humberto de hoje diz que o defenestrado ministro Carlos Lupi propaga aos 4 ventos que perdeu o cargo por conta das suas "medidas ousadas" !!!.
Esquecendo que nunca conseguiu negar as dezenas de situações criminais em que se meteu.
