domingo, 29 de julho de 2012

Aberturas olímpicas: Pequim, Londres e Brasil.





Não que os ingleses sejam reconhecidos no mundo pelo bom gosto.
Poucas exceções.
Stella McCartney e Alexander McQuenn na moda.
Boa música popular.
Boa literatura e poesia e crítica.
Reputação de péssima comida.
O uniforme da delegação inglesa, branco com gola dourada, parecia saído de um momento pouco artístico de estilista da sulanca.

Mas a Abertura das Olímpiadas mostrou um Danny Boyle muito inspirado.
Grande visibilidade de crianças, deficiente, minorias étnicas,etc.

A Abertura da Olímpiada de Pequim em 2008 ficou conhecida como "a insuperável".
É um título difícil de ser batido.
Mas não a poupa de "impossível de comparar."
Apesar de todos os "uaus !!!"que despertou em quem assistia, com suas acobracias óticas de última geração (que hoje estão disponíveis em qualquer baile funk de periferia), vista de hoje parece apenas um SURTO DE EXIBICIONISMO DE NOVO RICO.
Tudo muito bonitinho... mas insosso.

Londres foi além disto.
Mostrou um pouco de sua cultura dentro de um espetáculo que é planejado para agradar o seu bilhão de espectador.
Não foi perfeito.
O desfile das delegações é totalmente superado.
Tedioso, por maior que seja a beleza de alguns atletas.
Logo será substituído por alguma coisa como as delegações já dentro do estádio e um foco de luz apresentando cada país, diminuindo esta parte de mais de 1 hora para 10 minutos.

Um grande bloco representou o (NHS - National Health Service)
sistema de saúde socializado, que é orgulho nacional há décadas.

Mister Bean foi uma das partes de humor.

O Rio de Janeiro em 2016 está totalmente dispensado desta parte de humor.
Se colocar um bloco com a realidade do sistema de saúde brasileiro (SUS, "quase perfeito, nas palavras do Grande Líder) o mundo vai cair numa gargalhada sem fim.
Vai por mim !

Assisti pelo ESPN e pelo SportTV.
O segundo tem a verborragia insuportável de Galvão Bueno e trupe.
Não consegui ir além de 5 minutos com som.
Ficou muito melhor mudo.

P.S.: Presta atenção nas palavras. Enquanto o sistema de saúde inglês é um " serviço", a partir do nome.(NHS- National Health Service= Serviço Nacional de Saúde). O brasileiro com sua megalomania de republiqueta de bananas é o "Sistema Único de Saúde".
Único ?
Único mas acompanhado de milhares de planos de saúde obrigatórios para quem não quer morrer na calçada do hospital.
Nenhuma dos dois chega perto de funcionar "na hora H ", como o sistema inglês, que é totalmente gratuito.
.


Só para efeito de comparação, o bom gosto do estilista Ralph Lauren para os atletas americanos.