terça-feira, 3 de julho de 2012

Suleika Jaouad, Minha "encanceração". Vida, interrompida.



O grande sonho da sociedade brasileira seria uma grande fogueira, que coubesse a meia dúzia de filósofos nacionais e todos os outros do mundo.

Pensar não é certamente uma "mania nacional".
Na hora de entender a vida é melhor pular em uma das vertentes do "não pensar" "
1. mergulhar nos sonhos químicos: álcool, drogas, paixões sucessivas e intermináveis, etc.
2. virar Atleta de Cristo e se desonerar de pênalties perdidos e partidas mal jogadas.
Isto tira minhas responsabilidades e agrega minhas deficiências num grande plano que Deus tem prá mim!
3. fazer de conta que o problema não existe.
(Esta ganha de disparada, em frequência.)
4. dizer: "Deus não vai deixar isto acontecer". É o que ouço de pacientes quando digo: "se continuar neste ritmo de ganhar peso, no próximo ano vai chegar em 150 quilos." Me policio prá não responder: se for o mesmo Deus que permite que 10.000 a 100.000 pessoas (as estatísticas variam) morram de fome na Terra todo dia, acho melhor Ele se preocupar com estes últimos.

A cultura americana é diferente, se bem tenha também muitas deficiências.

Suleika Jaouad é esta mocinha de classe alta novaiorquina, estudante da famosa escola de música Juilliard, que aos 22 anos se descobriu com uma das mais terríveis doenças: Leucemia Mielóide Aguda.

Na sua dolorosa viagem, tem escrito um blog que já conta com 6 pequenos artigos no The New York Times.
As coisas naturais numa situação destas, mas boa reflexão:
"Por que eu ?"
"E agora, aos 22 anos ?"

É inevitável !
Pensar dói, e muito.
Mas não temos outra alternativa.