Lago negro, barco negro, duas pessoas de papel picado negro.
O que as árvores buscam de beber que não encontram aqui?
Suas sombras podem cobrir o Canadá.
Uma luz leve dissolvida pelas flores d’água.
Suas folhas não desejam nossa pressa:
Curvas e lisas e cheias de negros avisos.
No rastro dos remos, mundos de gelo.
O espírito do negro está em nós, nos peixes.
Um tronco podre flutuando, pálido adeus;
Estrelas se abrem entre lírios.
Essas sereias inexpressivas não te cegam?
Esse é o silêncio das almas atormentadas.
Poesia tirada do blog http://www.ovelhapop.blogspot.com/