sexta-feira, 19 de novembro de 2010

W. Bush.




George W.Bush apareceu num programa inteiro da Oprah, para promover a sua versão dos 8 anos na Casa Branca, o livro Pontos de Decisão.
Aparecer na Oprah significa alguns milhões de livros vendidos.
Ninguém perde uma boca destas.

Nem o presidente de uma família enredada com negócios do petróleo, pode desprezar os milhões que um autobiografia acrescenta no seu cofrinho.
Cofrinho de ex-presidente é assunto tão escabroso que é melhor deixar de lado.

Não li, nem pretendo ler.
Só quando chegar nas promoções do Submarino por 10 reais.
Assim como nunca li nem o cabeçalho da coluna nos jornais brasileiros do Presidente Lula. Por que ler artigos de um presidente que disse que o corajoso jornalismo brasileiro era uma porcaria e uma inutilidade?

O livro de W. foi escrito por um marqueteiro competente que, evidentemente, não assina.
Começa com a sua história íntima, de como aos 40 anos decidiu abandonar o alcoolismo pesado de que era vítima. Más línguas dizem que havia mais do que álcool nos seus vícios.

Mostra "arrependimento" pela declaração de guerra ao Iraque baseada em 2 grossas mentiras: Sadam Husseim tinha armas de destruição em massa e apoiava a Al Qaeda.
Até os colunistas do saudoso jornal Era Nova de Pesqueira, sabiam que não havia uma gota de verdade nestas 2 afirmativas. Como um serviço de inteligência como o americano, que consome bilhões de dólares ao ano não sabia?
Isto sim merecia um capítulo inteiro.

É um aposentado afável, jovial, com tiradas inteligentes.
Sempre achei bobagem alguns setores tentarem apresentar W. como um homem estúpido. Oliver Stone também tenta passar esta idéia no seu sofrível filme "W".
De uma vez por todas:
ninguém chega em certos lugares se não tiver muitas qualidades, mesmo que negativas.

O capítulo que eu gostaria de ler no livro de W, era uma explicação de como os falcões das indústrias bélicas, que eram seus acessores e vice-presidente Dick Cheney, influenciaram os andores das decisões de guerra, por exemplo.

A coisa mais risível que disse foi o porquê de apenas ter sobrevoado Nova Orleans 4 dias depois do furacão Katrina, a caminho de Washington.
Ele disse que ficou preocupado, pois o governo local gastaria dinheiro com sua segurança ao pousar, e este dinheiro faria falta à recuperação da cidade.

Gargalhei durante 4 minutos e meio, cronometrados.
E isto foi tudo.