quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Wagner era anti-semita. Beethoven também. Chopin também. E Strauss e Orff.



Tenho paciência zero por falsas questões.

A Sociedade Wagneriana Israelense move um grande esforço
para acabar com a proibição informal
de tocar música de Wagner em Israel.
Não existe uma lei sobre isto,
mas é uma conduta de todo o país.

Wagner não perde nada com isto, pois morreu há muito tempo.
O povo de Israel, culto, com muitos músicos refinados que emigraram desde a Rússia, por exemplo, perde de não ouvir o que considero o maior compositor que já existiu e a mais bela música já feita.

Não há em nenhuma das obras de Wagner uma ação anti-semita.
Ele, além de grande músico,
se meteu a filósofo e escritor
(incluindo uma autobiografia) onde não passou
de tremenda mediocridade.
Como pessoa foi também asqueroso,
para dizer o mínimo.
Mas a sua música era divina.

A falsa questão é proclamar Wagner anti-semita.
A verdadeira questão é:
Por que a Europa inteira daquela época era anti-semita?
Incluindo Beethoven, Chopin, e todos os outros?
O que tinha de tão maravilhoso nos judeus daquela época?

Eu não sou anti-semita.
Admiro a luta do povo de Israel e o seu sofrimento.
Mas entendo porque milhões de palestinos
que foram expulsos das suas terras onde
moraram por centenas de anos, são anti-semitas.

É uma pena que não se faça a pergunta certa.